03/06/2025
– Um estudo publicado na revista Science afirma que quatro
políticas podem reduzir em 91% o desperdício de plástico
mal gerenciado e diminuir em um terço os gases de efeito
estufa relacionados ao plástico. As políticas incluem:
exigir que novos produtos contenham 40% de plástico reciclado
pós-consumo; limitar a produção de novos plásticos
aos níveis de 2020; investir na gestão de resíduos
plásticos, como aterros sanitários e coleta de resíduos;
e implementar uma pequena taxa sobre embalagens plásticas.
O pacote de políticas proposto
no estudo oferece benefícios climáticos significativos,
com uma redução das emissões equivalente à
remoção de 300 milhões de veículos movidos
à gasolina das estradas por um ano. O estudo, realizado por
pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley e
Santa Bárbara, intitulado "Caminhos para reduzir a má
gestão global de resíduos plásticos e as emissões
de gases de efeito estufa até 2050", foi publicado antes
das negociações em Busan, na Coreia do Sul, onde mais
de 190 países discutiram os detalhes finais do primeiro tratado
internacional juridicamente vinculativo sobre poluição
plástica.
Se nenhuma ação for tomada
no âmbito do tratado global, o consumo de plástico
aumentará 37% entre 2020 e 2050, e a poluição
plástica quase dobrará nesse período. Se as
atividades atuais continuarem, até 2050, o lixo gerado seria
suficiente para cobrir Manhattan com uma pilha de plástico
dez vezes maior que a altura do Empire State Building. As emissões
de gases de efeito estufa relacionadas ao plástico também
aumentariam 37%, atingindo 3,35 gigatoneladas de CO2 equivalente,
o que corresponde às emissões de quase 9.000 usinas
de energia a gás natural ou ao consumo de energia de mais
de 436 milhões de lares por um ano.
Os países do Sul Global continuarão
a enfrentar o maior impacto da crise do plástico. Os mecanismos
de financiamento estabelecidos no tratado podem fomentar os investimentos
essenciais em infraestrutura de gestão de resíduos
e reciclagem nessas regiões, contribuindo para a redução
da poluição plástica e, assim, ajudando a abordar
uma importante questão de justiça ambiental global.
O estudo é fundamentado em dados
gerados por uma ferramenta de IA criada por uma equipe de pesquisadores
de plásticos, cientistas de dados e especialistas em IA do
Benioff Ocean Science Laboratory e da Bren School of Environmental
Science & Management, da University of California Santa Barbara,
além do Eric and Wendy Schmidt Center for Data Science &
Environment, da University of California Berkeley. A ferramenta
utiliza aprendizado de máquina para combinar dados sobre
crescimento populacional e tendências econômicas, a
fim de prever o futuro da produção, poluição
e comércio de plástico.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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