30/06/2025
– A eliminação gradual da produção
de plásticos descartáveis no Brasil entre 2025 e 2040
poderia reduzir 18 milhões de toneladas de gás carbônico
e 3,2 milhões de toneladas de resíduos no meio ambiente,
mas também resultaria na perda de até 13 mil postos
de trabalho na cadeia do plástico. O estudo, realizado pelas
ONGs Oceana e WWF e pela consultoria Systemiq, considera a substituição
de itens como talheres, copos e sacolas por materiais alternativos,
como papel, bambu, vidro e tecidos.
De acordo com as projeções,
se o cenário atual se mantiver até 2040, o Brasil
terá despejado 60,7 milhões de toneladas de resíduos
sólidos no meio ambiente. No entanto, com a eliminação
dos plásticos descartáveis e a adoção
de materiais alternativos, esse volume cairia para 57,5 milhões
de toneladas, embora esses novos materiais também gerem resíduos.
Quanto às emissões de
gases de efeito estufa, o relatório prevê que, no cenário
atual, o Brasil emitirá 678 milhões de toneladas de
CO2 equivalente até 2040. Com a substituição
do plástico descartável, as emissões seriam
reduzidas para 660 milhões de toneladas, considerando também
as 18 milhões de toneladas emitidas pela produção
dos materiais alternativos. A diferença representa a emissão
de 3,9 milhões de carros de passeio em um ano. O relatório
destaca que essa redução significativa do impacto
ambiental é impulsionada pela eliminação gradual
do plástico, substituição de materiais, práticas
de produção mais eficientes e transformação
geral do sistema, e foi apresentado a representantes de diversos
ministérios.
O objetivo do documento é apoiar
uma postura mais assertiva do Brasil nas negociações
de um tratado internacional sobre poluição plástica,
liderado pela ONU. A resistência vem principalmente de países
produtores de petróleo, matéria-prima do plástico,
que argumentam sobre o impacto econômico da limitação.
A Abiquim, que representa os fabricantes de plástico no Brasil,
aguardou a publicação do relatório para se
posicionar.
O estudo estima que a produção
de plásticos descartáveis representa 6,8% da produção
total do setor e emprega entre 15 mil e 24 mil pessoas. A eliminação
dessa produção e a substituição por
outros materiais resultaria em uma perda líquida de 13 mil
empregos diretos até 2040. No entanto, ao considerar empregos
indiretos, a perda líquida seria menor, cerca de 1 mil postos,
segundo um modelo econômico que mapeia as relações
entre as indústrias.
Da Redação, com
informações de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial.
Fotos: Reprodução/Pixabay
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