21/07/2025
– A exposição humana aos microplásticos,
fragmentos plásticos menores que 5 mm, está aumentando,
com esses materiais sendo encontrados em diversas partes do corpo,
como pulmões, placentas, esperma, fígado, rins, testículos,
articulações, vasos sanguíneos e medula óssea.
Uma nova pesquisa, conduzida por Matthew Campen, toxicologista e
professor da Universidade do Novo México, revela também
a presença de microplásticos no cérebro.
Campen e seus colegas analisaram fígados,
rins e cérebros de corpos autopsiados e descobriram que todos
continham microplásticos, mas as 91 amostras de cérebro
tinham, em média, 10 a 20 vezes mais do que os outros órgãos.
Vinte e quatro dessas amostras continham cerca de 0,5% de plástico
em peso. O estudo considerou o cérebro como "um dos
tecidos mais poluídos por plástico já amostrados"
e sugeriu uma possível ligação entre os microplásticos
e a demência, já que os tecidos cerebrais de pessoas
com a condição apresentaram até 10 vezes mais
plástico do que nas amostras saudáveis.
Os pesquisadores observaram que a
quantidade de microplásticos nas amostras de cérebro
de 2024 era 50% maior do que nas de 2016, sugerindo que sua concentração
está aumentando de forma semelhante à observada no
ambiente. Embora as consequências da presença de microplásticos
no organismo ainda não sejam totalmente conhecidas, evidências
indicam que eles podem aumentar o risco de condições
como estresse oxidativo, danos celulares, inflamação
e doenças cardiovasculares.
Estudos em animais associaram os microplásticos
a problemas de fertilidade, câncer, distúrbios endócrinos
e imunológicos, além de comprometimento do aprendizado
e memória. Cientistas recomendam que as pessoas reduzam a
exposição ao material, adotando medidas como evitar
utensílios plásticos, não usar plásticos
no micro-ondas, substituir alimentos embalados em plástico
e filtrar a água consumida.
Redação, com informações
de agências de internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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