21/07/2025
– A poluição plástica tem se agravado,
resultando no acúmulo de resíduos, especialmente nos
oceanos. Um estudo recente revelou que partículas plásticas
marinhas podem servir como plataformas para o crescimento de bactérias
causadoras de doenças em humanos e animais. Os microplásticos,
partículas menores que 5 mm, estão amplamente disseminados
no meio ambiente. Pesquisas indicam que, desde 2005, a quantidade
de partículas plásticas nos oceanos aumentou drasticamente,
passando de 16 trilhões para cerca de 171 trilhões
em 2019.
Além da quantidade de plástico
nos oceanos, o tipo de partícula também influencia
a proliferação de bactérias resistentes a antimicrobianos
e patogênicas. Um estudo das universidades de Plymouth e Exeter
mostrou que os microplásticos, ao entrarem no ambiente, são
rapidamente colonizados por microrganismos, formando a "platisfera",
um ecossistema artificial composto por bactérias, algas e
outros organismos unicelulares.
A falta de comparação
com substratos naturais em estudos anteriores dificultou a comprovação
dos riscos específicos dos microplásticos na disseminação
de patógenos resistentes a antimicrobianos. O novo estudo
analisou a colonização de microplásticos de
diferentes polímeros e formatos, comparando-os com substratos
naturais, como madeira, e inertes, como vidro, além de controles
de vida livre.
O estudo revelou que partículas
plásticas marinhas atuam como plataformas para o crescimento
seletivo de bactérias causadoras de doenças. O poliestireno
e a madeira foram particularmente colonizados por bactérias
resistentes a antimicrobianos, enquanto bioesferas enriqueceram
cepas de Escherichia coli. Além disso, o intemperismo das
partículas plásticas não afetou significativamente
essa colonização. A pesquisadora Emily Stevenson,
autora do estudo, destacou que a identificação de
partículas mais preocupantes pode ajudar a aprimorar a gestão
de resíduos e o tratamento de esgoto para reduzir sua liberação
no meio ambiente.
O estudo indica que, embora a composição
microbiana geralmente dependa do ambiente externo, a colonização
seletiva observada foi influenciada pelas características
específicas do substrato. Como todas as partículas
foram expostas ao mesmo ambiente e tinham tamanhos semelhantes,
os resultados sugerem que certas propriedades das partículas
influenciam a fixação de bactérias resistentes
a antimicrobianos e patogênicas.
A fixação de bactérias
em plásticos pode aumentar sua resistência a antimicrobianos
devido à dinâmica microbiana e à exposição
a produtos químicos presentes no material. No entanto, mais
pesquisas são necessárias para determinar se os microplásticos
representam um risco maior do que os detritos naturais na proliferação
de bactérias patogênicas e resistentes a medicamentos.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
|