24/07/2025
– Pesquisas recentes identificaram a Nigéria como um
dos maiores focos de poluição plástica, ficando
atrás apenas da Índia. A Índia emite 9,3 milhões
de toneladas de plástico por ano, cerca de um quinto do total
global, enquanto a Nigéria emite 3,5 milhões de toneladas
anualmente. O Conversation Africa publicou diversos artigos acadêmicos
sobre o problema da poluição plástica no país
e discutiu possíveis soluções para enfrentá-lo.
Os estudos alertam que a poluição
plástica é um problema sério na Nigéria,
presente em qualquer local com atividade humana. A poluição
plástica varia em tamanho, desde macroplástico (maiores
que 25 mm) até nanoplástico (menos de 1.000 nanômetros).
Ela assume formas como tereftalato de polietileno (usado em embalagens
de alimentos e produtos de higiene), cloreto de polivinila (em encanamentos
e pisos) e poliestireno (em embalagens de alimentos e brinquedos).
Esses plásticos estão se acumulando em diversos ambientes,
incluindo os cursos d'água da Nigéria.
O estudo liderado por Gideon Idowu
encontrou níveis alarmantes de microplásticos no Rio
Osun, uma importante fonte de água no sul da Nigéria,
com até 22.079 pedaços de microplástico por
litro, superando os níveis registrados em 267 estudos globais
de microplásticos em água de rios desde 1994. Além
disso, as praias da Nigéria também estão sendo
afetadas pela poluição plástica. Ifenna Ilechukwu,
ao estudar sedimentos de quatro praias em Lagos, encontrou fragmentos
de plástico e microplásticos em todas as amostras,
indicando a decomposição de plásticos maiores
devido ao lixo e à má gestão de resíduos.
A pesquisa de Emmanuel Akindele sobre
a poluição por microplásticos no Rio Osun revelou
que pequenos pedaços de plástico estavam presentes
até mesmo em caracóis, sendo a primeira identificação
química de tipos de polímeros em invertebrados de
água doce africanos. O estudo encontrou plásticos
como polietileno, náilon e polipropileno, comumente usados
em sacolas e tampas de garrafas. Em outro estudo, Akindele também
identificou microplásticos em insetos aquáticos de
dois rios do Golfo da Guiné. Como os insetos são essenciais
na cadeia alimentar, a poluição por microplásticos
pode impactar outros animais.
Em 2024, o Ministério Federal
do Meio Ambiente e o governo do Estado de Lagos anunciaram proibições
de plásticos de uso único. Temitope Sogbamu alerta
que o sucesso dessas proibições dependerá da
implementação eficaz. A Nigéria já possui
uma lei de 2013 proibindo plásticos de uso único,
mas ela ainda não foi promulgada em nível nacional.
Kehinde Allen-Taylor defende que as empresas também se envolvam
na solução do problema, adotando práticas de
responsabilidade social corporativa e sustentáveis, o que
também pode beneficiar seus negócios.
Da Redação, com informações
de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
|