13/08/2025
– Pesquisadores identificaram pela primeira vez a presença
de microplásticos nos pulmões de golfinhos. A descoberta
preliminar, publicada na revista Plos One, sugere que esses animais
marinhos podem estar inalando pequenas partículas de plástico
quando vêm à superfície para respirar.
O estudo coletou amostras de ar exalado
de golfinhos-nariz-de-garrafa em dois locais nos Estados Unidos:
Sarasota Bay, na Flórida, uma área mais urbana, e
Barataria Bay, na Louisiana, uma região mais rural. “Microplásticos
foram encontrados na respiração exalada de todos os
11 golfinhos testados, o que indica que esses plásticos inalados
estavam presentes no ar”, afirmam os pesquisadores.
Os microplásticos encontrados
nas amostras de respiração eram predominantemente
de poliéster, um tipo de polímero comum usado na fabricação
de roupas, que se desintegra em pequenas partículas quando
lavadas, especialmente em ciclos de alta temperatura. Leslie Hart,
coautora do estudo e especialista em saúde pública
da Universidade College of Charleston, na Carolina do Sul, observa
que “o fato de os golfinhos terem uma capacidade pulmonar
muito maior e respirarem profundamente pode significar que eles
estão expostos a doses mais altas de microplásticos
do que os humanos”.
Hart, que estuda plásticos
em golfinhos há mais de uma década, destaca que as
preocupações com a inalação de microplásticos
em humanos já são bem documentadas, mas até
agora há poucas pesquisas sobre os impactos em animais silvestres.
“Os golfinhos, com suas vias aéreas maiores e respiração
intensa, estão em risco de desenvolver problemas respiratórios
semelhantes aos observados nos humanos, como inflamação
pulmonar”, afirma Hart.
Os pesquisadores utilizaram um método
aprovado de captura e liberação para coletar as amostras,
posicionando placas de Petri sobre os orifícios respiratórios
dos golfinhos. “Mesmo com controles para o ar ao redor dos
animais, a captura pode não ser representativa da exposição
em toda a população de golfinhos”, advertem
os cientistas.
A presença de microplásticos
em ambientes tão remotos quanto o Monte Everest, independentemente
do nível de urbanização, é um indicativo
da contaminação global desses materiais. “A
contaminação por vento é um fator chave para
sua disseminação”, explica Hart. A pesquisa
destaca a necessidade urgente de entender como esses poluentes ambientais
estão afetando a saúde dos golfinhos e outros animais
marinhos.
Da Redação, com
informações de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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