PROGRAMA ATMOSFERA

Novas florestas
Restaurar habitats e mitigar as mudanças climáticas

 
 
 
 
+CLIMA
 

Contribuições da Coalizão à consulta pública sobre a Política Nacional de Mudança do Clima

Debate sobre a atualização da PNMC está em andamento no Legislativo federal
 
 

14/12/2021 – A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura vê com preocupação a minuta do Projeto de Lei da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), que está disponível para consulta pública até sábado, 4 de dezembro.

O texto propõe erroneamente a revogação da atual legislação em vigor sobre o tema, a Lei 12.187/2009, e enfraquece princípios, diretrizes, compromissos e mecanismos de governança fundamentais para nortear a política climática brasileira.

Além disso, a minuta do projeto de lei reduz a participação da sociedade civil e de governos subnacionais na tomada de decisões relacionadas à PNMC, centralizando a governança no Comitê Interministerial sobre a Mudança do Clima e o Crescimento Verde, cuja estrutura não é detalhada - nem mesmo o conceito de “crescimento verde” é descrito na minuta.

Trata-se, portanto, de um retrocesso, considerando que a sociedade civil, a academia, a iniciativa privada e os governos subnacionais, excluídos pela governança proposta, são fundamentais para a formulação e promoção de ações setoriais para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.




Debate sobre a atualização da PNMC está em andamento no Legislativo federal
Foto: Pixabay/Reprodução


Entre outros pontos críticos da minuta estão:

• Não há menções sobre metas quantificáveis para redução e neutralização de emissões – mesmo as assumidas pelo país durante a Conferência do Clima de Glasgow (COP 26), em novembro –, focando somente em diretrizes para alcance de metas;

• Não está claro que medidas devem ser tomadas em busca da neutralidade de emissões de gases de efeito estufa em 2050, ou que políticas serão adotadas para zerar o desmatamento ilegal até 2030;

• O texto excluiu a autorização para o estabelecimento do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), prevista na lei da PNMC de 2009;

• Também foi retirada a determinação para que instituições financeiras oficiais disponibilizem linhas de crédito e financiamento específicas para o desenvolvimento de ações e atividades que atendam os objetivos da PNMC;

• Os planos setoriais são definidos como instrumentos da PNMC, mas não há menção expressa dos setores que deveriam elaborar planos de mitigação e de adaptação às mudanças climáticas, sendo que cada um tem as suas especificidades. Entre eles, estão a geração e distribuição de energia elétrica, o transporte público urbano, os sistemas modais de transporte interestadual de cargas e passageiros, a indústria de transformação e a de bens de consumo duráveis, as indústrias químicas fina e de base, a indústria de papel e celulose, a indústria de construção civil, a mineração, os serviços de saúde e a agropecuária;

• Na linha com o pacto assinado na COP 26, é preciso explicitar que a substituição gradativa dos combustíveis fósseis será um instrumento de ação governamental na PNMC, assim como o incentivo ao desenvolvimento de energias renováveis. No entanto, os próprios biocombustíveis, do qual a biomassa brasileira tem grande potencial, são mencionados apenas genericamente no novo texto;

• O projeto propõe uma medida, em tese, inconstitucional, ao estabelecer que, para a execução da PNMC, os Estados e o Distrito Federal deverão submeter ao Poder Executivo Federal os planos estaduais e distritais sobre mudança do clima. O dispositivo fere o princípio do pacto federativo previsto no Art. 18 da Constituição Federal: os entes federados têm autonomia e não devem ser obrigados a submeter seus projetos e programas políticos ao governo federal.

A Coalizão Brasil considera que a lei da PNMC, de 2009, já estabelece os parâmetros adequados para a política nacional de mudança climática. É desejável que o esforço seja direcionado à sua implementação e atualização das metas descritas, e não à revogação da lei. Portanto, a Coalizão defende que o novo projeto de lei, cuja minuta foi divulgada pelo MMA, não seja apresentado.

O debate sobre a atualização da PNMC está em andamento no Legislativo federal, através de projetos de lei já aprovados no Senado, e que agora seguem para a Câmara dos Deputados. A Coalizão defende que esse debate tenha continuidade no Congresso, com a devida participação dos diferentes setores da sociedade para aprimoramento das propostas em pauta. É importante, ressalte-se, que a nova versão da PNMC incentive ações de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas como um trabalho conjunto e complementar ao combate do desmatamento.

Caso, no entanto, a minuta seja levada ao Legislativo, a Coalizão recomenda que o faça após uma série de ajustes e inserções de conteúdo, conforme apresentado aqui. Estas sugestões, porém, não representam um endosso do movimento à proposta apresentada pelo MMA.

Confira aqui as contribuições enviadas pela Coalizão Brasil à consulta pública.

Agência Ambiental Pick-upau é uma das signatárias da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

Da Redação, com informações da Coalizão Brasil
Fotos: Reprodução/Pixabays

 
 
 
 
     
     
CONHEÇA O PROGRAMA    
 
Sobre   FAQ
Atmosfera é um programa socioambiental que permite a neutralização e a compensação de emissões de gases do efeito estufa (GEE), sobretudo, o dióxido de carbono (CO2).   Tire suas dúvidas e fique por dentro do Programa Atmosfera. Qual o objetivo do Programa? Quem pode participar? O que pode ser neutralizado? O que é neutralização de gases de efeito estufa?
     
     
     
 
     
     
SAIBA MAIS    
 
 
Serviços Ambientais   Iniciativas
A neutralização ou compensação oferecida pelo Programa Atmosfera pode ser ligada direta ou indiretamente a produtos ou serviços que a empresa oferece, a processos, ações próprias ou terceirizados.   Conheça algumas iniciativas de empresas, governos, instituições de pesquisa científica, produtores rurais, fundos e outros órgãos que fizeram suas neutralizações por meio do Programa Atmosfera.
     
     
 
 
     
     
FAZENDO A DIFERENÇA    
 
ALIANÇAS   NOVAS FLORESTAS
A Agência Ambiental Pick-upau participa de movimentos, alianças, coalizões, pactos e redes para a mitigação das mudanças climáticas.   Esta restauração ecológica, independente da sua categoria, tem objetivo de sequestrar o carbono e ampliar os serviços ambientais voltados às florestas.
     
     
     
 
 
 
 
Mata Atlântica está entre os biomas
mais ameaçados
Bioma continua a sofrer com desmatamentos e incêndios
 
         
         
 
Realização  
 
 
 
     
PROGRAMA ATMOSFERA CONHEÇA +

SIGA-NOS-

 

 

 
Quem Somos
FAQ Rede de Sementes e Mudas
Novas Florestas Reflorestamento e Produção Florestal
Serviços Socioambientais Centro de Estudos e Conservação da Flora
Iniciativas Pesquisa Científica
Notícias Novas Florestas
Alianças Publicações
Clima Muda no Mundo
Contato  
 
 
Todos os direitos reservados. Programa Atmosfera 2009 - 2024. Agência Ambiental Pick-upau 1999 - 2024.