06/05/2013 – Seguindo as
diretrizes da Política Estadual de Mudanças Climáticas,
o Estado de São Paulo avança no fomento de dados
para a mitigação das mudanças climáticas.
Com o lançamento do 1º Inventário de Emissões
Antrópicas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Diretos e Indiretos
do Estado de São Paulo, a unidade de mais rica da federação
contribui para a metodologia e a implementação de
políticas públicas voltadas ao combate do aquecimento
global.
Várias empresas da iniciativa
privada, órgãos governamentais, pesquisadores, instituições
de pesquisa e organizações não governamentais
colaboram para a compilação dos dados, entre elas
a Agência Ambiental Pick-upau.
Saiba mais sobre Proclima
O 1º Inventário de Emissões Antrópicas
de Gases de Efeito Estufa (GEE) Diretos e Indiretos do Estado
de São Paulo foi apresentado, para o período de
1990 a 2008, na manhã do dia 20 de abril de 2011 na sede
da CETESB/SMA. O evento contou com a participação
de representantes da sociedade civil e do Poder Público
totalizando cerca de 300 pessoas nas dependências do anfiteatro
“Augusto Ruschi”. Em novembro de 2010, foi divulgado
um estudo preliminar reportando somente as emissões de
GEE do ano de 2005, em atendimento à Política Estadual
de Mudanças Climáticas (Lei 13.798/2009).
Estavam presentes na mesa de
abertura o secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno
Covas, o presidente da CETESB, Otavio Okano, o ex-secretário
responsável pela criação do Programa Estadual
de Mudanças Climáticas (PROCLIMA) em 1995, Fábio
Feldman, o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alan Charlton
e o secretário adjunto de Saneamento e Recursos Hídricos,
Rogério Menezes. Os convidados apresentaram um panorama
da importância desse inventário no apoio ao desenvolvimento
de medidas de redução das emissões dos GEE
na transição para uma economia de baixo carbono
no estado. Destacou-se também a importância da parceria
com a Embaixada Britânica ao longo de todo o processo de
desenvolvimento do projeto de elaboração do 1º
Inventário de Emissões de GEE do Estado de São
Paulo.
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Pick-upau colabora
com o 1° Relatório de Referência do Estado
de São Paulo de GEE
Foto: Pick-upau/Reprodução |
Josilene Ferrer, Secretária
Executiva do PROCLIMA, relatou o processo de coordenação
da elaboração do inventário, baseado na busca
pela transparência e consistência dos resultados.
Para isso, o projeto contou com a formação de uma
ampla rede de autores, revisores e colaboradores produzindo informações
de alta qualidade. Foi enfatizado que todas as memórias
das reuniões técnicas realizadas durante o processo,
assim como os 26 Relatórios de Referência que compõem
o documento apresentado, ficaram disponíveis para acesso
no site do Inventário de GEE do Estado de São Paulo.
Os resultados do inventário
foram apresentados pelo Coordenador do PROCLIMA, João Wagner
Alves, que no início de sua apresentação
discorreu sobre os objetivos, as diretrizes, os GEE e os setores
inventariados do documento. A necessidade de elaboração
de um inventário para São Paulo foi justificada,
também, pelo fato de o perfil das emissões do estado
apresentar uma realidade diferente das emissões publicadas
no inventário nacional. Assim, o inventário nacional
não é capaz de subsidiar o governo do estado na
tomada de decisões para implantação de políticas
públicas de mitigação dos GEE, já
que enquanto 75% das emissões do país são
causadas pelo desmatamento, no cenário estadual a principal
fonte de emissão é o setor energético.
A comparação dos
resultados de 1990 e 2008 demonstrou um aumento de 63% das emissões
de CO2, principal GEE. Já entre 2005, ano base para definição
das metas de redução, e 2008 o aumento foi de 7%.
Responsável por cerca de 57% das emissões de GEE
no ano de 2005, o setor energético tem sua maior emissão
nos transportes (55,3%), devido principalmente ao emprego de combustíveis
fósseis, seguido pela emissão das indústrias
(30,1%). Foi apresentada também, uma comparação
entre as razões das emissões pelos respectivos PIB
do Estado de São Paulo e do Brasil. Essa comparação
indica que a economia estadual, apesar de ser responsável
por um terço do PIB nacional, emite 20% do que seria emitido
pelo país para gerar a mesma quantidade de riqueza.
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download dos documentos.
Foto: CETESB/Reprodução |
Da Redação, com
informações da CETESB
Foto: Pick-upau/Cetesb/Divulgação