30/10/2021 –
Estamos no meio de uma profunda transformação global.
A sociedade humana como a conhecemos - a forma como fornecemos
energia para nossas casas e indústrias, nos locomovemos
e produzimos nossos alimentos - precisa mudar se quisermos dar
a cada pessoa ao redor do mundo a chance de uma vida digna, para
que evitemos o colapso dos sistemas biofísicos que nos
sustentam.
Os últimos
relatórios científicos confirmam que estamos em
um momento crucial para a humanidade. A crise climática
está batendo à porta, assim como uma crise cada
vez mais profunda para a natureza, agravada pela pandemia de COVID-19.
Os sinais do que acontecerá, se não agirmos, já
se manifestam - crescentes incêndios no oeste do Canadá
e dos Estados Unidos à Austrália, inundações
da China à Europa e secas da América do Sul à
África.
Não podemos
mais ficar à margem. A hora de agir é agora e temos
as ferramentas para fazer isso acontecer.
A próxima
década (2021-2030) é decisiva se quisermos cumprir
a meta do Acordo de Paris, de evitar que a temperatura global
ultrapasse 1,5°C em relação aos níveis
pré-industriais, e evitar os piores impactos das mudanças
climáticas:
1)
Essa é a década em que devemos desassociar o bem-estar
humano da queima de carvão, petróleo, gás,
florestas e pastagens; mudar nossa dependência para formas
sustentáveis de energia renovável, transporte limpo,
agricultura regenerativa; e reinvestir nos ecossistemas naturais
que sustentam a vida na terra.
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Carta Conjunta
das Alianças pela Ação Climática
que tem como objetivo ajudar e elevar nossa voz coletiva.
Agência Ambiental Pick-upau integra a ACA Brasil.
Foto: Pixabay/Reprodução
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2) Essa é
a década em que devemos reduzir as emissões globais
de gases do efeito estufa pela metade, investir em nossa preparação
para o clima e dar início a uma transição
irreversível para sociedades resilientes e net-zero até
2050.
3) Essa é
também a década em que devemos construir um novo
contrato social para concretizar essa transição,
com pleno reconhecimento de que todos devem participar e de que
ninguém pode ser deixado para trás enquanto nos
afastamos das indústrias intensivas em carbono e buscamos
nos reconstruir da pandemia de COVID-19.
Os governos nacionais
têm um papel crítico a desempenhar por meio de seus
sinais, políticas e investimentos de longo prazo. Nós
- governos subnacionais, locais e tribais, o setor privado, instituições
acadêmicas, religiosas e culturais, organizações
da sociedade civil e tantas outras - também somos essenciais
para alcançar esses objetivos. Nossos compromissos até
o momento são significativos. Ao contabilizar os compromissos
de todos os atores subnacionais e não estatais em todo
o mundo até o 2 momento, poderíamos ajudar a trazer
o mundo para perto da faixa de um caminho compatível com
os 2°C. Todavia, a ciência nos diz que precisamos de
mais.
Se quisermos evitar
que as temperaturas globais ultrapassem o 1,5°C, precisamos
de uma mobilização sem precedentes em todo o mundo.
Precisamos de uma abordagem que envolva toda a sociedade (whole-of-society
approach), na qual cada um dos governos nacionais, instituições
subnacionais e não-estatais e cidadãos se junte
ao desafio de ser uma força para o bem, ajudando cada um
de nossos países a atender às necessidades de desenvolvimento
e se recuperar da pandemia de COVID-19, ao mesmo tempo em que
se combate a crise climática. Todos têm um papel
a desempenhar e cada um de nós deve dar um passo adiante.
Acesse
a integra do comunicado em português
Acesse
a integra do comunicado em inglês
Da
Redação, com informações de ACA Brasil
Fotos: Reprodução/Pixabay