Mudanças climáticas e futuros serviços ecossistêmicos marinhos e biodiversidade

Soluções para um oceano resiliente e mais saudável para o futuro

 
 

25/11/2024 – Estratégias inovadoras de conservação têm o potencial de lidar com o impacto das mudanças climáticas nos ecossistemas marinhos. Os ecossistemas marinhos são vitais para a biodiversidade global e fornecem serviços essenciais, como regulação climática, segurança alimentar e benefícios econômicos e de bem-estar. No entanto, a poluição e as mudanças climáticas os ameaçam, causando degradação do habitat e perda de biodiversidade. Portanto, há uma necessidade urgente de preservar e restaurar a capacidade natural dos ecossistemas marinhos de mitigar os impactos das mudanças climáticas.

Estratégias de conservação e restauração de ecossistemas marinhos
O projeto FutureMARES financiado pela UE teve como objetivo abordar os efeitos das mudanças climáticas nos ecossistemas marinhos, desenvolvendo soluções inovadoras baseadas na natureza para conservação, restauração e gestão sustentável. Com a contribuição de mais de 200 cientistas de 33 instituições em 15 países, o projeto se concentrou na criação de estratégias resilientes ao clima. "Um dos principais objetivos do FutureMARES era desenvolver e implementar estratégias eficazes de conservação e restauração inspiradas na natureza que sejam resilientes às mudanças climáticas", explica o coordenador do projeto Myron Peck. Para esse propósito, o consórcio conduziu vários experimentos para estudar como os ecossistemas marinhos respondem a mudanças ambientais, como aumento de temperaturas, diminuição dos níveis de oxigênio e acidificação do oceano. Em águas dinamarquesas, por exemplo, o conhecimento obtido em estudos de tolerância ajudou a melhorar a seleção de locais para restauração de ervas marinhas, uma espécie crítica para ecossistemas costeiros. Na Noruega e em Portugal, pesquisadores do FutureMARES restauraram florestas de algas usando plantas doadoras resilientes ao clima. Da mesma forma, o projeto abordou preocupações sobre o declínio alarmante na adequação do habitat para ervas marinhas no Golfo da Biscaia e no Mar Mediterrâneo, implementando estratégias para proteger esses prados. Além disso, as áreas marinhas protegidas ajudaram a preservar as populações de tartarugas-cabeçudas no Mar Mediterrâneo, garantindo que as rotas críticas de migração e os locais de nidificação permanecessem intactos.


Reprodução/Pixabay

 



Estratégias de colheita sustentáveis
Além dos esforços de restauração, o FutureMARES também explorou estratégias para colheita sustentável, com foco na redução dos impactos negativos da sobrepesca, que agrava a perda de biodiversidade. O projeto explorou estratégias de colheita inclusivas na natureza, como pesca sustentável, áreas marinhas protegidas e aquicultura, visando uma abordagem mais holística para o gerenciamento do ecossistema marinho. Os modelos de ecossistema permitiram que a equipe previsse os resultados da pesca com rendimento máximo sustentável e o impacto da captura acidental sob condições climáticas em mudança. As descobertas mostraram que as abordagens de colheita baseadas na natureza podem mitigar os riscos climáticos para as espécies e seus habitats. Além disso, a redução das emissões de gases de efeito estufa foi fundamental para reconstruir os estoques de peixes esgotados e garantir a sustentabilidade da aquicultura.

Laboratórios digitais marinhos
Uma grande inovação do projeto FutureMARES foi a criação de laboratórios digitais marinhos, que simularam os efeitos das mudanças climáticas e soluções baseadas na natureza nas teias alimentares marinhas. “Essas ferramentas de suporte à decisão ajudam as partes interessadas a visualizar os benefícios de tais intervenções, bem como as potenciais compensações ecológicas e econômicas das ações de gestão”, enfatiza Peck. O projeto também desenvolveu novas avaliações de risco climático para espécies marinhas, serviços ecossistêmicos e comunidades humanas. Um dos principais resultados foi um aplicativo online que permite que formuladores de políticas, gestores ambientais e cientistas explorem riscos causados pelo clima de maneira consistente. Além disso, o FutureMARES projetou cenários futuros que modelaram resultados potenciais com base em níveis variáveis de emissões de gases de efeito estufa e fatores sociais. Esses cenários fornecem orientação valiosa para a tomada de decisões em um mundo em rápida mudança. Olhando para o futuro, o FutureMARES continuará seu trabalho para garantir que o conhecimento e as ferramentas desenvolvidas durante o projeto contribuam para a formação, implementação e avaliação de políticas. Uma iniciativa de "Chamada por Conhecimento" já demonstrou o valor da colaboração próxima entre cientistas e formuladores de políticas, levando à criação de projetos climáticos inteligentes para o planejamento espacial marinho, incluindo a localização de áreas marinhas protegidas. Fonte: European Commission.

Da European Commission
Fotos: Pixabay/Reprodução

 

 

   
 
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