31/01/2025
– Em 2022, durante a COP15 da Biodiversidade,
líderes globais assumiram o compromisso de
proteger 30% das terras, águas doces e oceanos
até 2030, objetivo conhecido como meta "30x30".
No entanto, dois anos depois, o progresso é
alarmantemente baixo, com apenas 2,8% dos oceanos
sob proteção efetiva, de acordo com
um novo relatório elaborado pela Metabolic
Consulting e apoiado pelo Bloomberg Ocean Fund.
O estudo
destaca que, desde 2022, a área marinha global
protegida aumentou apenas 0,5%, o que projeta que,
no ritmo atual, apenas 9,7% dos oceanos estarão
protegidos até o final da década.
Embora cerca de 8,3% dos oceanos sejam designados
como áreas marinhas protegidas (AMPs), muitas
delas carecem de regulamentação efetiva,
permitindo atividades prejudiciais como pesca industrial,
extração de petróleo e mineração.
A
proteção ineficaz é um dos
principais desafios. Em países como o Reino
Unido, quase metade de suas águas domésticas
estão em AMPs, mas menos de 1% atende aos
critérios de eficácia. América
Latina, Caribe, América do Norte e Europa
enfrentam desafios semelhantes, com apenas pequenas
parcelas de suas áreas protegidas avaliadas
como efetivas.
Medidas
essenciais para acelerar o progresso
O relatório apresenta cinco ações
prioritárias para que os países cumpram
suas metas:
1. Expandir as áreas protegidas: Os governos
devem criar redes de AMPs costeiras e em águas
profundas que protejam diversos ecossistemas e espécies.
Além disso, é necessário ratificar
o Tratado de Alto Mar para promover a conservação
em águas internacionais.
2. Garantir
proteção efetiva: A designação
de AMPs deve ser acompanhada de uma gestão
ativa, garantindo resultados tangíveis para
a conservação.
3. Empoderar comunidades locais e povos indígenas:
Reconhecer os direitos dessas populações
na criação e administração
de áreas protegidas é fundamental,
além de direcionar recursos para apoiar sua
atuação.
4. Financiar
a conservação: Países desenvolvidos
devem cumprir compromissos de financiamento para
nações em desenvolvimento, garantindo
recursos adequados para proteção efetiva.
5. Melhorar
a coleta de dados: A padronização
na coleta e no monitoramento de dados é essencial
para avaliar o real impacto das AMPs e corrigir
lacunas no progresso.
Oportunidades
de mudança
A COP16, que aconteceu em Cali, na Colômbia,
é vista como um momento crucial para que
os governos demonstrem comprometimento sério
com a conservação. Eventos futuros,
como a Conferência Nosso Oceano, na Coreia
do Sul, em 2025, e a Conferência das Nações
Unidas sobre os Oceanos, na França, no mesmo
ano, também representam oportunidades importantes
para impulsionar os esforços de proteção.
Os autores
do relatório alertam que ainda há
tempo para corrigir o curso, mas ações
urgentes e coordenadas são indispensáveis
para que a meta "30x30" se torne uma realidade,
salvaguardando a biodiversidade marinha e os serviços
vitais que os oceanos oferecem à humanidade.
Da Redação,
com informações de Agências
Internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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