07/02/2025
– Os oceanos, que já absorvem cerca
de um quarto das emissões de carbono provenientes
de atividades humanas, ganharam um destaque ainda
maior no combate às mudanças climáticas.
Uma nova pesquisa, conduzida por cientistas de universidades
do Reino Unido e financiada parcialmente pela Agência
Espacial Europeia (ESA), revela que a fina camada
superficial do oceano, com temperatura mais baixa,
contribui para aumentar a absorção
de dióxido de carbono em até 7% ao
ano, superando estimativas anteriores.
A camada
superficial dos oceanos, com apenas 0,01 mm de espessura,
desempenha um papel crucial. Por ser mais fria que
as águas subjacentes, ela é mais eficiente
em absorver dióxido de carbono da atmosfera.
Estudos anteriores teorizavam sobre essa influência,
mas faltavam medições extensivas no
mar. Agora, com avanços em tecnologia e metodologias,
os pesquisadores mediram in loco essa dinâmica
utilizando sistemas de fluxo a bordo de navios que
cruzaram o Oceano Atlântico.
As
análises confirmaram que a absorção
de carbono pelos oceanos é maior do que se
pensava, equivalente a uma vez e meia o carbono
capturado anualmente pela floresta amazônica.
Esse dado enfatiza a necessidade de considerar as
diferenças de temperatura da camada superficial
nas estimativas globais de fluxos de carbono, algo
que atualmente é ignorado.
Essas
descobertas têm implicações
diretas na precisão de modelos climáticos
e políticas de redução de emissões.
Craig Donlon, da ESA, destacou que a complexidade
da interação entre o oceano e a atmosfera
requer medições precisas para melhorar
a contabilidade do carbono global.
A pesquisa,
publicada na Nature Geoscience, destaca como o oceano
é vital na regulação do ciclo
de carbono e do clima terrestre. Segundo Gavin Tilstone,
do Laboratório Marinho de Plymouth, entender
esses mecanismos refinados é essencial para
aprimorar previsões climáticas e fortalecer
ações de mitigação das
mudanças climáticas.
Com a
COP29, os resultados ganham ainda mais relevância
ao fornecer subsídios para políticas
globais de redução de emissões.
Além disso, iniciativas como a Science for
Society da ESA e projetos como o Atlantic Meridional
Transect são exemplos de como a ciência
pode impulsionar avanços para um planeta
mais sustentável.
Esta
pesquisa reforça que, mesmo em sua sutileza,
a camada superficial dos oceanos desempenha um papel
poderoso e insubstituível no equilíbrio
climático global.
Da
Redação, com informações
de Agências Internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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