13/05/2025
– Embora pareça uma diferença
sutil, a variação na altura das águas
tem grandes implicações para a circulação
oceânica, o clima global, a navegação
e até grandes obras de engenharia, como o
Canal do Panamá. Essa diferença é
considerada em diversas atividades, como rotas de
navios, operações de petróleo
offshore, pesca, busca e salvamento, e controle
de derramamentos de óleo. Curiosamente, as
águas que banham o Chile, Peru, Equador e
Colômbia são mais altas que as do Brasil,
Argentina ou Uruguai, mostrando como os oceanos
Atlântico e Pacífico se conectam e
formam uma massa contínua de água
salgada que cobre mais de 71% da superfície
da Terra.
Para
obter uma visão detalhada da topografia marinha,
os cientistas usam medições de satélite
além da rede de marégrafos. Satélites
como os da NASA e o Jason-3 da Agência Espacial
Europeia enviam pulsos de radar para a superfície
do mar e medem o tempo que o sinal leva para retornar,
permitindo calcular a altura da superfície
do oceano com precisão de centímetros.
Os dados coletados ao longo de décadas possibilitam
a criação de modelos da superfície
do mar, revelando variações globais.
A diferença de altura do mar é influenciada
por diversos fatores, como marés e atividade
vulcânica, mas também por forças
que tornam essas diferenças permanentes.
A diferença
de altura entre os oceanos é explicada pela
densidade da água. O Atlântico, sendo
mais denso que o Pacífico, acaba ficando
a um nível mais baixo, devido ao equilíbrio
de pressões nas profundezas. A Cordilheira
dos Andes e outras montanhas na América criam
uma barreira que causa mais chuvas no Pacífico,
o que reduz sua salinidade. Isso contribui para
a diferença de altitude entre os oceanos,
já que a salinidade é determinada
pela evaporação e pela precipitação
de água.
A temperatura
da água também influencia a diferença
de altura entre os oceanos, pois a água quente
é menos densa que a água fria. O Pacífico,
com uma temperatura média um pouco mais alta
que a do Atlântico, é menos denso e,
portanto, fica um pouco mais alto.
A topografia
do fundo do mar também afeta a distribuição
da água e o nível do mar. As fossas
oceânicas, como a Fossa das Marianas, e montes
submarinos atuam como obstáculos à
movimentação da água. Essas
estruturas internas do oceano influenciam a circulação
oceânica e, consequentemente, podem gerar
variações na altura do mar.
Da Redação,
com informações de agências
de notícias
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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