Cientistas desenvolvem gel de nanopartículas que pode auxiliar na conservação de recifes de corais

Segundo os pesquisadores, o gel é ativado pela luz e tem o aroma do recife que pode potencializar as larvas de corais

 
 

09/12/2025 – Os recifes de corais estão gravemente afetados pelo aquecimento global, com mais de 80% das áreas de recifes sofrendo estresse térmico desde o início de 2023, causando o pior branqueamento global desde os anos 1990. Como solução, pesquisadores da Scripps Institution of Oceanography desenvolveram um gel ativado pela luz e com aroma de recife, que estimula as larvas de corais a se fixarem e crescerem, oferecendo uma nova esperança para a restauração dos recifes.

As larvas microscópicas de corais nadam usando pequenos pelos, mas sua escolha de local para se fixar depende de sinais químicos do ambiente, especialmente de algas coralinas crustosas que indicam áreas saudáveis para o crescimento. Com a degradação dos recifes, esses sinais químicos essenciais desaparecem, dificultando o estabelecimento das larvas, segundo o biólogo marinho Daniel Wangpraseurt, da Scripps Institution of Oceanography.

Reprodução/Pixabay

 



Para ajudar as larvas de corais a se fixarem, os cientistas Wangpraseurt e Kundu desenvolveram o SNAP-X, um gel de nanopartículas que imita o aroma natural dos recifes. O gel contém cápsulas minúsculas com compostos liberados por algas coralinas crustosas, suspensas em um líquido biodegradável que se transforma em gel sob luz, formando uma película subaquática que libera o aroma por mais de um mês. Testes mostraram que, com o gel, as larvas de coral tiveram até 20 vezes mais chances de se estabelecer, especialmente em ambientes com fluxo de água, demonstrando grande potencial para a restauração dos recifes.

O gel SNAP-X incentiva o assentamento natural das larvas de corais, promovendo maior diversidade genética nos recifes, ao contrário da restauração atual, que usa clonagem e limita essa diversidade, tornando os corais mais vulneráveis a doenças e ao aquecimento dos mares. A equipe busca patentear a tecnologia e planeja testes em recifes reais, com a intenção de adaptá-la para outras espécies. Wangpraseurt destaca que o gel faz parte de um conjunto de ferramentas necessárias para a recuperação dos corais, pois nenhuma técnica isolada resolverá todos os desafios.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay

 

 

   
 
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