Garça-branca-grande (Ardea alba)
 
 
Ameaças
Ativistas da Pick-upau resgatam papagaio em São Paulo
Ave foi entregue voluntariamente à Organização
 

04/09/2018 – Ativistas da Agência Ambiental Pick-upau foram acionados para o resgate de um papagaio-verdadeiro em um bairro da zona sul de São Paulo. A ave estava em uma casa, que segundo os moradores não tinham mais condições de mantê-lo. Apesar de não ser uma atividade da organização, eventualmente, somos acionados para esse tipo de trabalho.

O rapaz que, preferiu não se identificar, entregou a ave voluntariamente. Ele afirma que o papagaio é do pai e que ele não concorda com a prática de mantê-lo em uma gaiola tão pequena. Diz ainda que a ave faz muito barulho e acaba incomodando os vizinhos e os próprios moradores da casa.

Pick-upau/Divulgação

Papagaio-verdadeiro resgatado em São Paulo.



A Pick-upau realiza ações e atividades de pesquisa e conscientização sobre a conservação e a preservação da avifauna, mas trabalha apenas com a fauna livre. O Projeto Aves realiza pesquisas e levantamentos de comunidades de avifauna em vários municípios do Estado de São Paulo e desenvolve ações socioambientais em escolas.

Os papagaios ainda são muito capturados pelo tráfico de animais para que as pessoas os tenham como animais de estimação, no entanto, muitos desistem de ter o animal devido à vocalização “barulho” que fazem ou por outros motivos, e acabam procurando instituições que possam recolhê-los. Por isto dê preferência para observá-los livres, na cidade de São Paulo, por exemplo, frequentam diversos locais como o Parque do Ibirapuera.

Pick-upau/Divulgação

Papagaio-verdadeiro resgatado em São Paulo.



O papagaio foi entregue a Policia Ambiental do Estado de São Paulo que o encaminhou para um Centro de Triagem de Animais Silvestres – CETAS.

Sobre o papagaio-verdadeiro
Pertence a família Psittacidae, possui duas subespécies reconhecidas, Amazona a. xanthopteryx e Amazona a. aestiva; o Amazona a. xanthopteryx ocorre da Bolívia até o sudoeste do Brasil, no Paraguai e norte da Argentina. A distribuição de Amazona a. aestiva ocorre do Piauí ao nordeste do Paraná, abrangendo a maior parte do centro do Brasil e na Mata Atlântica do Piauí ao limite sul do domínio.

Pick-upau/Divulgação

Papagaio-verdadeiro resgatado em São Paulo.



Atinge 37 centímetros, ocorre em áreas rurais e urbanas, em bordas de florestas, capoeiras, cerrados, matas secas, caatingas, matas de galeria, buritizais, savanas de cupim, cerradão, parques e jardins.

Amazona a. aestiva é verde com a cabeça amarela e a fronte azul claro; bico escuro e anel perioftálmico branco. O encontro e o espelho da asa são vermelhos; penas laterais da cauda com uma faixa mediana vermelha. O verde da plumagem de Amazona a. xanthopteryx é mais claro e as penas são marginadas de preto; a cabeça é amarela e azul bem claro; o encontro da asa é amarelo ou laranja. O macho adulto possui a íris amarelo-alaranjado, a da fêmea é vermelho-alaranjado e a dos indivíduos imaturos, marrom uniforme.

Sua vocalização mais comum, em voo, é um “rau-rau” repetido. Vive em casais ou em bandos e alimenta-se de frutos e sementes.

O período de reprodução é entre setembro e março. A nidificação ocorre em cupinzeiros terrestres ou em ocos de árvores. Incubam 4 ovos e os filhotes permanecem no ninho durante aproximadamente dois meses.

É possível que populações principalmente do sudeste e do sul do Brasil sejam resultado de introduções de indivíduos provenientes de cativeiro.


É muito inteligente, durante um experimento a fim de obter alimento, aprendeu a discernir sete figuras e números de pontos, tanto um indivíduo jovem quanto um com mais de 40 anos de idade.

O Projeto Aves realiza diversas atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância da conservação das comunidades de avifauna.

Viviane Rodrigues Reis/Pick-upau/Reprodução

Papagaio-verdadeiro registrado na natureza.



O Projeto Aves: Mata Atlântica é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, desde 2015.

Caso tenha um animal silvestre, como proceder em São Paulo



Tenho um animal silvestre de estimação e não quero/posso mais ficar com ele. Posso entregá-lo em algum local para que ele seja cuidado?
Se você possui um animal silvestre adquirido de forma ilegal pode entregá-lo espontaneamente ao órgão ambiental competente. A entrega deve ser feita a um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) ou a um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) autorizado.
Caso opte por manter o animal sem comprovação de origem legal, estará sujeito às sanções legais previstas na lei de crimes ambientais.
Se o animal silvestre que você mantém possui origem legal, isto é, foi adquirido de um criador comercial ou estabelecimento comercial devidamente autorizado, você pode devolvê-lo ao criadouro de origem, ou doar o animal a um terceiro, por meio de um termo de transferência.

Encontrei um animal silvestre ferido. Onde entregá-lo?
A entrega deve ser feita a um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) ou a um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) autorizado.

O que é um CETAS ou um CRAS?
Os Centros de Triagem e de Reabilitação de Animais Silvestres, conhecidos respectivamente por CETAS e CRAS, são responsáveis pela recepção de animais silvestres apreendidos, resgatados ou entregues espontaneamente por particulares. Todo animal recebido é identificado, marcado, recebe atendimento médico veterinário e cuidados necessários até que possam ser devolvidos à natureza ou encaminhados para outros locais adequados caso não tenham possibilidade de soltura.

Eu vou ser preso ou multado ao entregar meu animal a um CETAS ou CRAS?
Não. Quando a pessoa espontaneamente entrega o animal, ela se isenta das sanções previstas na legislação.

O que faço se o CETAS e CRAS da minha região não pode receber o animal?
Os CETAS e CRAS têm a função de receber, triar, tratar, recuperar e destinar os animais recebidos. Quando o número de animais recebidos supera a capacidade do CETAS ou CRAS, ele lota e não consegue receber outros até destine os que já possui. Se o CETAS ou CRAS de sua região não pode receber o animal no momento, você deve tentar a entrega nos demais existentes no Estado. Caso nenhum deles tenha possibilidade de receber o animal, entre em contato novamente dentro de alguns dias, e verifique a disponibilidade de vagas.

Pick-upau/Divulgação

Papagaio-verdadeiro resgatado em São Paulo.


Se eu não puder levar o animal, o CETAS/CRAS vem buscar o animal na minha residência?
Não. Os CETAS e CRAS não buscam animais na residência das pessoas. Portanto, o animal deve ser levado até o CETAS e CRAS onde será entregue.

Posso visitar meu animal no CETAS ou CRAS depois que entregá-lo?
Não. Os CETAS e CRAS não recebem visitação. Não são como jardins zoológicos. Além de sua estrutura não ser adaptada para receber o público, os animais que lá se encontram estão passando por um processo de recuperação, para que possam ser encaminhados para outros locais ou para retorno à natureza. Por esse motivo, a presença constante de humanos pode atrapalhar nesse processo.

Posso entregar meu animal silvestre de estimação em um jardim zoológico?
Não. O jardim zoológico não tem como função receber animais silvestres que eram criados como animais de estimação. O ideal é entrega-lo em um Centro de Triagem ou de Reabilitação de Animais Silvestres, estabelecimentos com a finalidade de receber animais silvestres apreendidos por órgãos oficiais, resgatados, ou entregues por particulares. Esses empreendimentos funcionam como abrigos provisórios desses animais, no qual são tratados, recuperados e mantidos até que um destino definitivo para eles sejam encontrados.

Posso soltar o meu animal silvestre de estimação?
Não. Em hipótese alguma solte seu animal. Além de ser um crime ambiental, o fato de o animal ter passado boa parte de sua vida em cativeiro, sem participar de um programa específico de reabilitação para soltura, faz com que ele viver sozinho na natureza aumentando risco de morrer de fome ou de ser predado por outros animais. Entregue-o a um Centro de Triagem ou de Reabilitação de Animais Silvestres.
Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo.

Da Redação
Fotos: Pick-upau/Viviane Rodrigues Reis/Divulgação

 
 
 
Biguá (Nannopterum brasilianus)
 
 
 

   
 
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