06/07/2022
– Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia,
em Santa Cruz, nos Estados Unidos, anunciou uma descoberta classificada
como “espécime fantástico” de DNA de
um animal icônico e extinto, a ave dodô (Raphus
cucullatus), o que seria a última etapa para completar
o genoma da espécie.
Segundo os pesquisadores, agora
estamos mais próximos de dar um incrível passo,
no que seria trazer a espécie de volta ao planeta, que
foi declarada extinta há mais de 300 anos. Os cientistas
disseram, durante uma apresentação da Royal Society,
que devem publicar a sequência genética completa
no Museu de História Natural da Dinamarca.
Beth Shapiro, professora de ecologia
e biologia evolutiva da Universidade da Califórnia, afirmou
ao The Telegraph, que o genoma do Dodô foi totalmente sequenciado
e que a publicação será feita em breve. A
ave extinta foi registrada pela primeira vez na Ilha Mauricio,
na África Oriental, a leste de Madagascar, no Oceano Índico,
em 1598. No final do século 17 já não havia
mais rastro do animal.
Conversas na comunidade
científica sobre pesquisa evolutiva e a reprodução
de espécies extintas são cada vez mais comuns. O
mamute lanoso, por exemplo, teve seu genoma sequenciado completo
em 2015, mas a questão ética ainda é debatida,
entre outros aspectos técnicos e científicos.
Em 2015, Shapiro já descrevia
os desejos sobre o dodô em seu livro “How To Clone
A Mammoth” (Princeton University Press) e escreveu “Mais
do que qualquer outra espécie [o dodô] é o
símbolo internacional da extinção causada
pelo homem”. Contudo, trazer a vida uma espécie extinta
apresenta desafios únicos e imensos, afirmando que o processo
com mamíferos são teoricamente mais simples e que
para o caso das aves há outras complexidades reprodutivas.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabays
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