21/07/2021
– Pesquisadores de diversas instituições da
China, Estados Unidos e Alemanha publicaram um estudo na revista
Proceedings of the Royal Society B, que indica evidências
que asas ventrais coloridas auxiliam aves a evitar colisões.
A pesquisa comparou cores das aves em 1.780 espécies, cerca
de 75% das ordens.
Segundos os pesquisadores, colisões
entre aves não havia sido devidamente estudado no passado,
sobretudo, aquelas que vivem em comunidades, ou seja, próximas,
por isso teorizam que essas aves têm alguma forma de evitar
colisões durante o voo. Choques ente aves são muito
perigosos, qualquer fratura nos ossos ou algum tipo de lesão
nos músculos pode significar o impedimento para a busca
de alimentos, fugir ou evitar predadores, nidificar ou mesmo cuidar
dos filhotes.
Agora pesquisadores estudam quais
mecanismos de prevenção a acidentes as aves usam.
Analisando imagens de aves colonizadoras, os cientistas verificaram
que a maioria parece ter asas ventrais mais coloridas e vibrantes,
em relação a aves não colonizadoras. As chamadas
asas ventrais são aquelas penas localizadas abaixo das
asas, próximo à junção do corpo.
Ao acessar e analisar
dados de aves em todo planeta, os pesquisadores atestaram esse
fato. Ao separar e comparar aves colonizadoras, foram registrados
padrões evidentes. Todas as aves que vivem próximas
possuem asas ventrais mais distintas. No caso de espécies
maiores, mesmo as não colonizadoras, também tinham
asas ventrais coloridas.
Para os pesquisadores, as asas
ventrais coloridas auxiliam os indivíduos a identificar
a localização exata de outras aves em voo, sendo
mais efetiva a ação de evitar as colisões.
Eles acreditam também as aves maiores possuem marcas semelhantes,
pois são voadoras menos ágeis, ou seja, precisam
de mais tempo e mais espaço para realizar manobras aéreas.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay
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