Gavião-carijó (Rupornis magnirostris)
 
 
Anatomia e Morfologia
Pés das aves evoluíram para que elas vivessem nas árvores
Capacidade extraordinária de algumas aves é relata em pesquisa
 

28/11/2023 – A capacidade de voar das aves teve um custo evolutivo significativo, quando seus membros anteriores se transformaram em asas. Dali em diante foi preciso adaptar funções para se alimentar e cuidar dos filhotes. Muitas espécies usam os bicos de forma extraordinária e outras demonstram grande capacidade com os pés, para fazer inúmeras tarefas, inclusive para alimentação.

Uma nova pesquisa descreve como as aves conseguiram desenvolver essa incrível característica, com um ancestral comum de papagaios e aves de rapina, que habitavam árvores há mais de 60 milhões de anos. O estudo publicado na revista científica Communications Biology, revela que a natureza buscou e encontrou uma alternativa excepcional.

O estudo realizado na Universidade de Alberta, no Canadá, rastreou as origens da capacidade de pedal das aves, comparando diferentes espécies em cativeiro e também, por meio de imagens realizadas por fotógrafos profissionais e amadores, por conta das restrições impostas pela pandemia de COVID-19.

Buscando informações em milhões de arquivos digitais, os pesquisadores selecionaram 3.725 imagens de 1.054 espécies que usam os pés para manusear diferentes objetos. Depois transferiram esses comportamentos em árvores evolutivas e chegaram a um ancestral comum de todas as espécies com essas habilidades com os pés. Descrito como clado, chamado de Telluraves, incluem no grupo papagaios, falcões, corujas e aves canoras que começaram a se modificar, após o evento de extinção em massa que impactou os dinossauros há 66 milhões de anos.

Reprodução/Pixabay

 



A pergunta de como esse grupo de aves conseguiu evoluir para viver em árvores intriga os pesquisadores, que acreditam que o antigo ancestral pode ter desenvolvido habilidades em seus pés para que pudessem segurar os galhos das árvores. Os primeiros Telluraves deveriam ter dedos longos voltados para trás, como muitas espécies modernas, que usam seus polegares opositores como garras, bem como os tendões dos dedos dos pés que ajudam a segurar os galhos com mais força.

Os pesquisadores explicam que depois algumas aves desenvolveram características e habilidades mais específicas do uso com os pés, como agarrar objetos. Segundo os cientistas, essas evoluções ocorreram ao menos por 20 vezes, nas diferentes linhagens dos descendentes das aves. Papagaios são exímios usuários dos pés; corujas e falcões, por exemplo, conseguem comer enquanto voam, com auxilio dos pés; corvídeos já foram bastante estudados e demonstraram incrível capacidade de usar ferramentas com os pés. Entretanto, a maioria das aves canoras apresenta pouca habilidade com os pés e executam apenas o básico de se agarrar às árvores.

Quanto à hipótese de algumas aves arborícolas não serem hábeis com os pés, talvez a resposta esteja na dieta dessas espécies. De maneira geral, aves predadoras têm mais capacidade para o uso dos pés, em relação àquelas que consomem grãos, frutas, insetos e minhocas. Os papagaios são uma exceção e os pesquisadores acreditam que os primeiros papagaios eram caçadores como corujas e falcões, o que explicaria, em tese, a habilidade com frutas e sementes.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
Quero-quero (Vanellus chilensis)
 
 
 

   
 
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