18/12/2023
– Um novo estudo publicado na revista científica
Nature Communications, mostra como a evolução das
aves afetou a biodiversidade do grupo de animais. Conforme seus
esqueletos tornam-se mais complexos, reduzem a diversidade das
aves, criando nichos especializados. A pesquisa mostra pela primeira
vez a relação entre esqueleto e diversidade e pode
revelar como ocorre a biodiversidade entre as aves.
Analisando 983 espécies
de várias partes do planeta, pesquisadores do Centro Milner
para Evolução da Universidade de Bath, no Reino
Unido, verificaram a complexidade de seus esqueletos, comparando
ossos de membros anteriores (asas) e posteriores (pernas) e descobriram
que espécies com menos complexidades, ou seja, aves com
menos diferenças entre os membros anteriores e posteriores,
apresentavam mais diversidade do que aquelas com maior nível
de complexidade e maior diferença entre os membros.
Os pesquisadores explicam que
espécies de gaivotas, pombos e aves canoras ou passeriformes
apresentam pequena complexidade nos esqueletos e grande diversidade
de espécies, vivendo em inúmeros habitats espalhados
pelo planeta. Contudo, flamingos e avestruzes, por exemplo, têm
esqueletos mais complexos, com asas curtas em comparação
as pernas. No estudo, os cientistas ilustram que grupos com esqueletos
mais elaborados, teoricamente, podem ocupar ninhos menores e têm
pouca capacidade de subdividir e criar novas espécies.
Segundo os cientistas,
apesar da evolução gerar sistemas menos complexos,
a descoberta do novo estudo, indica que as aves com esqueletos
mais elaborados tornam-se mais especializados ao longo do tempo,
ou seja, mais aprofundadas no desenvolvimento. O resultado pode
ser espécies com menos possibilidade de evoluir e tornarem-se
mais simples, uma vez mais. A pesquisa indica ainda que as aves
com esqueletos mais complexos, geralmente, eram mais especializados
ecologicamente, portanto vivendo em menos habitats, buscando alimento
de com menos variedade de técnicas. Portanto mais propícios
ao risco de extinção.
Referências: Andrew Brinkworth
et al, Clados de pássaros com esqueletos apendiculares
menos complexos tendem a ter maior riqueza de espécies,
Nature Communications (2023). DOI: 10.1038/s41467-023-41415-2.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay
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