01/06/2018
– (Picidae) Colaptes campestris é um pica-pau grande,
atinge 32 centímetros. Ocorrem duas subespécies,
Colaptes c. campestris que habita desde o Sul do Suriname,
leste do Brasil, Bolívia, região central do Paraguai
e Missiones na Argentina. Já o Colaptes c. campestroides,
ocorre do Sul do Paraguai até o sudeste do Brasil, Uruguai
e Centro da Argentina. No Brasil, o desmatamento ocorrido em áreas
da Mata Atlântica e Amazônia para criação
de fazendas e pastagens acabou por beneficiar a espécie.
Os lados da cabeça, pescoço e papo são amarelos.
A coroa e a garganta são pretas. A garganta da subespécie
Colaptes c. campestroides é branca. O macho possui
faixas avermelhadas (brancas na fêmea) em ambos os lados
da cabeça. O dorso é barrado de preto e branco e
a rabadilha é branca, visível em voo. A região
ventral é escamada de preto.
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Pica-pau-do-campo (Colaptes campestris).
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Sua vocalização é forte e estridente. Provavelmente
não utiliza o tamborilar como outras espécies de
pica-paus.
Consome insetos, sobretudo, formigas e cupins.
Campestre, conspícuo e localmente comum. Vive em casais
e às vezes em grupos com 8 a 10 indivíduos. Terrícola,
captura insetos no solo, mas ao se sentir ameaçado, procura
árvores ou grandes pedras para se proteger.
Habita pastos, plantações, parque e cidades. Além
da Mata Atlântica, é visto no Cerrado, Caatinga,
Pantanal e nos Pampas gaúchos. Realiza migrações
curtas entre regiões campestres.
Nidifica em cupinzeiros arbóreos ou terrestres, em troncos
secos ou em barrancos cortados por estradas e a fêmea põe
de 4 a 5 ovos.
Reprodução/Pick-upau/Viviane
Rodrigues Reis
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Pica-pau-do-campo (Colaptes campestris).
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Em comemoração ao centenário da aprovação
da Lei do Tratado das Aves Migratórias (MBTA, na sigla
em inglês), importantes instituições estrangeiras
como National Audubon Society, National Geographic, BirdLife International
e The Cornell Lab of Ornithology, oficializaram 2018 como o Ano
da Ave. Aqui no Brasil, a Agência Ambiental Pick-upau também
realizará uma série de ações para
a promoção do Projeto Aves, patrocinado pela Petrobras,
incluindo matérias especiais sobre as aves nas mais diversas
áreas.
O Projeto Aves realiza diversas atividades voltadas ao estudo
e conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância da conservação das comunidades
de avifauna.
O Projeto Aves é patrocinado pela Petrobras, por meio
do Programa Petrobras Socioambiental, desde 2015.
Da Redação
Fotos: Pick-upau/Reprodução
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