CANÁRIO-DA-TERRA
Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766)
Família: Thraupidae
28/11/2018 – O canário-da-terra (Sicalis flaveola) pertence
à família Thraupidae e mede em torno de 14 centímetros
de comprimento.
Apresenta ampla distribuição
pela América do Sul extra-amazônica. Existem cinco
subespécies, das quais duas ocorrem na Mata Atlântica.
Sicalis f. brasiliensis ocorre no interior do Brasil
do Maranhão até São Paulo e na Mata Atlântica
do Piauí ao Rio de janeiro.
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Canário-da-terra (Sicalis
flaveola).
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Sicalis f. pelzelni ocorre
do leste da Bolívia a Argentina e Uruguai, na Mata Atlântica
entre o Mato Grosso do Sul e Paraná até o Paraguai
e Argentina.
O macho de Sicalis f. brasiliensis possui
o alto da cabeça alaranjado; lados da cabeça e lado
ventral amarelos; lado dorsal verde-ocráceo levemente estriado
escuro. A fêmea é semelhante
ao macho, porém sem o alaranjado do alto da cabeça;
dorso mais forte estriado; peito mais escuro e levemente estriado;
garganta e barriga amarelas.
Ocorrem em bandos quando não
estão no período reprodutivo. Vivem em campos, pastos
sujos, caatingas, campos de cultura, arrozais, chácaras
e áreas urbanas. Granívoro, consome sementes no
solo e visita comedouros com grãos.
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Canário-da-terra (Sicalis
flaveola).
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No período de reprodução,
o macho canta a partir de poleiros como mourões de cerca.
Apresenta também um extenso canto de madrugada territorial,
que realiza pousado no meio da densa folhagem, sendo distinto
do canto diurno. A fêmea também pode cantar. Os filhotes
machos já cantam com 4 a 6 meses de idade.
Os locais que utilizam para a
nidificação são variados, cavidades naturais
como ocos de pau, cavidades em barrancos, ninhos de furnarídeos
como do João-de-barro (Furnarius rufus) e do João-de-pau
(Phacellodomus rufifrons). Também podem fazer
o ninho em orquídeas e bromélias, em buracos de
telhas e ninhos artificiais. Podem utilizar até três
vezes o mesmo ninho. A fêmea coloca em média 4 ovos,
que são incubados por 14 ou 15 dias.
Possui canto agradável
e por isto é uma das aves mais capturadas para viverem
presas em gaiolas, no entanto, vem se tornando mais comum em regiões
como algumas cidades do interior de São Paulo e do Litoral,
provavelmente devido a maior conscientização das
pessoas e das novas gerações sobre a prática
de manter aves presas.
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Canário-da-terra (Sicalis
flaveola).
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Em comemoração ao
centenário da aprovação da Lei do Tratado
das Aves Migratórias (MBTA, na sigla em inglês),
importantes instituições estrangeiras como National
Audubon Society, National Geographic, BirdLife International e
The Cornell Lab of Ornithology, oficializaram 2018 como o Ano
da Ave. Aqui no Brasil, a Agência Ambiental Pick-upau também
realizará uma série de ações para
a promoção do Projeto Aves, patrocinado pela Petrobras,
incluindo matérias especiais sobre as aves nas mais diversas
áreas, como na ciência.
O Projeto Aves realiza diversas
atividades voltadas ao estudo e conservação desses
animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos
e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão
de sementes, polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio de
espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
da conservação das comunidades de avifauna.
O Projeto Aves é patrocinado
pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental,
desde 2015.
Da Redação
Fotos: Reprodução
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