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Mobelha-grande
São ótimos mergulhadores, passam despercebidos e nem respingam água quando submergem para capturar peixes.
 

MOBELHA-GRANDE
Gavia immer (Brünnich, 1764)
Família: Gaviidae
Nome em inglês: Common loon

17/09/2020 – A mobelha-grande habita águas costeiras e lagos grandes e arborizados. No verão em lagos nas florestas de coníferas e áreas abertas de Tundra. Utiliza grandes lagos para decolar e com muitos peixes. No inverno frequenta áreas marinhas próximas à costa e também em lagos grandes sem gelo.

Reprodução/Pixabay

 



Tanto o macho quanto a fêmea possuem entre 66 e 91 centímetros de comprimento, pesam entre 2500 e 6100 gramas e apresentam de 104 a 131 centímetros de envergadura de asa.



A cabeça e o bico dos adultos tornam-se pretos no verão, o dorso fica com pintas brancas e pretas e o peito branco. De setembro a março, o dorso e a cabeça dos adultos muda para a cor cinza-claro e a garganta fica branca. O bico também se torna acinzentado. Os indivíduos jovens ficam semelhantes, mas com os desenhos mais acentuados no dorso.

Reprodução/Wikipedia

 



São ótimos mergulhadores, passam despercebidos e nem respingam água quando submergem para capturar peixes. Geralmente vão a terra somente para fazer seus ninhos e incubar os ovos. Além da água também são ótimos no ar, indivíduos migratórios já foram registrados voando em velocidades superiores a 112 quilômetros por hora. À noite casais ou grupos de indivíduos se comunicam por meio das vocalizações. Seus gritos são ouvidos de longe.

Durante o forrageamento, mergulha e nada embaixo d’água e utiliza sobretudo os pés para ganhar impulso. Muitas vezes, antes de mergulhar, nada na superfície com a cabeça para a frente e parte submersa para investigar se há peixes. Ingere pequenos peixes embaixo d’água e quando são maiores levam até a superfície. As projeções pontiagudas que possuem no palato (céu da boca) e na língua ajudam a segurar os peixes. Estima-se que o casal e seus dois filhotes consumam em torno de meia tonelada de peixes em 15 semanas.

Reprodução/Wikipedia

 



Consome principalmente peixes pequenos, mas também se alimenta de crustáceos, moluscos, insetos aquáticos, sanguessugas, anfíbios e algumas vezes algas. Precisam percorrer de 27 a 400 metros batendo as asas e correndo na superfície d’água para ganharem velocidade e assim decolarem.

A reprodução ocorre uma vez ao ano. Em geral deposita dois ovos e é raro colocar apenas um. Os ovos têm coloração olivácea manchado de marrom ou preto. Tanto o macho quanto a fêmea incubam os ovos por 24-31 dias, mas a participação da fêmea na incubação pode ser maior. Após um ou dois dias que eclodiram, os filhotes saem do ninho e já nadam e mergulham com 2 ou 3 dias. Os filhotes são alimentados pelos pais e quando pequenos podem permanecer no dorso deles. Em torno de 11 ou 12 semanas após o nascimento já conseguem voar.

Reprodução/Pixabay

 



A reprodução ocorre no norte dos Estados Unidos e Canadá, em lagos calmos e distantes, e são sensíveis as alterações ambientais ocasionadas pelo ser humano.

É provável que a reprodução ocorra a partir dos dois anos de idade. Costuma voar em círculos sobre o território emitindo chamados altos. Nas posturas de cortejo, o casal mergulha o bico repetidamente, numa postura vertical, mantendo as asas parcialmente abertas e correndo na superfície d’água lado a lado. Ambos, macho e fêmea constroem o ninho sempre próximo à água, em uma ilha ou na costa, e são circundados por vegetação. Utilizam gramíneas e galhos para a construção e geralmente utilizam o ninho mais de uma vez.

Reprodução/Pixabay

 



Nas áreas costeiras, migra sozinho ou em pequenos bandos. Eventualmente alguns indivíduos migratórios acabam confundindo estradas ou estacionamentos molhados com lagos e acabam não tendo uma área grande de água para ganharem velocidade e decolarem.

Em torno de 12 semanas após os filhotes nascerem, os pais migram para outras regiões no outono e os indivíduos jovens permanecem em bandos nos lagos do Norte, depois de algumas semanas vão para o sul. Os jovens chegam às águas costeiras do oceano e permanecem por dois anos. No terceiro ano eles retornam para o norte e podem ficar mais alguns anos até iniciarem a reprodução, que geralmente acontece aos seis anos de idade.

Reprodução/Unsplash

 



A mobelha-grande mais velha já registrada foi uma fêmea e tinha 29 anos, ela havia sido anilhada em 1989 no estado de Michigan e o registro foi feito em 2016.



Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Reprodução/Pick-upau/Viviane Rodrigues Reis

 



Viviane Rodrigues Reis
Ilustração: Viviane Rodrigues Reis
Fotos: Reprodução/Pixabay/Pixabay/Wikipedia/Unsplash

Fonte: Com informações de Audubon – Common Loon – Guide to North American Birds; The Cornell Lab – Common Loon Identification; The Cornell Lab – Common Loon – All about Birds

 
 
 
Príncipe (Pyrocephalus rubinus)
 
 
 

   
 
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