Príncipe (Pyrocephalus rubinus)
 
 
Migração
Cores claras das penas podem ajudar as aves migratórias
Manter a temperatura de corpos pode ser importante em longas viagens
 

29/04/2022 – Estudo publicado na revista científica Current Biology aponta que a análise de mais de 10 mil imagens de aves demonstra que as migratórias podem ser beneficiadas por terem penas com cores mais claras.

Não importa o tamanho, das menores aves como beija-flores ou guindastes gigantes, cerca de metade das 10.000 espécies de aves do planeta é migratória ou costuma migrar. Anatomia é fundamental para essas espécies terem sucesso nessas empreitadas. Agora um novo estudo indica que quase todas as espécies migratórias têm penas com cores mais claras. Isso pode ajudar essas aves nas longas viagens, mantendo seus corpos mais frios sob o sol quente.

As cores das penas servem para as aves se camuflarem e fugir de predadores ou até para atrair parceiros, com tons mais vistosos e brilhantes. Mas as cores também podem auxiliar na regulação da temperatura corporal, quando absorvem ou refletem a luz solar.

As migrações expõem as aves a um esforço imenso, que eleva sua temperatura corporal. Algumas espécies conseguem até aumentar as altitudes para um ar mais frio. “Se o superaquecimento é um problema das aves migratórias, outra forma de lidar com isso seria evoluir com cores mais claras”, que absorvem menos calor, diz Kaspar Delhey, ornitólogo do Instituto Max Planck de Ornitologia em Seewiesen, Alemanha.

Reprodução/Pixabay

 



Os pesquisadores analisaram mais de 20 mil ilustrações de 10.618 espécies de aves de todo o planeta, separando as características da plumagem, em função das distâncias que cada uma delas costuma percorrer nas migrações. O resultado indicou que na média as aves mais leves aumentaram a distância. As aves migratórias que percorrem maiores distâncias foram 4% mais leves que as espécies não migratórias.

Os pesquisadores explicam que não é uma grande diferença, considerando que muitas aves migratórias têm penas escuras, por motivos não relacionados ao voo, contudo a tendência pareceu consistente. Grupos de aves diferentes apresentaram esse padrão e isso pode indicar algo.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
Talha-mar (Rynchops niger)
 
 
 

   
 
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