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Alfred e os Pássaros
Em 1963 o mestre do suspense Alfred Hitchcock elevou as aves a outro patamar, ao do terror
 

Geek & Meio Ambiente

05/09/2018 – Diretor, ator e produtor, Alfred Hitchcock, nascido em Leytonstone, Londres, Inglaterra, teve uma das carreiras mais longínquas do cinema. Por décadas produziu e dirigiu dezenas de filmes.

Com uma criação rígida da família católica, Alfred foi apresentado ao cinema em 1919, aos 20 anos, quando conseguiu emprego de designer no estúdio Players-Lasky, em Londres, onde pôde aprender os conceitos básicos da sétima arte, como roteirizar e editar. Em 1922, tornou-se assistente de direção e neste mesmo ano dirigiu “Number Thirteen” (Mrs. Peabody) que jamais foi finalizado.

Reprodução

Alfred Hitchcock durante as filmagens de "Os Pássaros".



Em 1925 filmou seu primeiro longa-metragem “The Pleasure Garden”. Em 1926, filmou “The Lodger”, onde apareceu pela primeira vez nas telas, o que mais tarde se tornaria sua marca registrada. Aliás, ao longo dos anos isso tornou-se uma febre entre os fãs que ficavam procurando o diretor nas imagens e acabavam perdendo pontos importantes da trama. Hitchcock então passou a aparecer no início dos filmes. Somente em 1929, com “Chantagem e Confissão” sua obra ganhou falas, ainda que o longa tivesse sido feito para ser finalizado mudo. Já em 1939, marca o fim da chamada ‘fase inglesa’ com “A Estalagem Maldita”.

Grande Obra

Ao iniciar sua ‘fase americana’, com “Rebecca – A Mulher Inesquecível”, ganhou o Oscar de melhor filme. Ao longo dos anos lançou muitos filmes e grandes obras como “Os 39 Degraus”, de 1935; “Sr. e Sra. Smith”, de 1941; “Um Barco e Nove Destinos”, de 1943; “Festim Diabólico”, de 1948; “Pacto Sinistro”, de 1951; “Disque M para Matar” e “Janela Indiscreta”, em 1954; “Ladrão de Casaca”, de 1955; “O Homem Errado” e “O Homem que Sabia Demais”, em 1956; “Um Corpo que Cai”, de 1958; “Intriga Internacional”, de 1959; “Psicose”, de 1960; “Marnie, Confissões de uma Ladra”, de 1964; “Cortina Rasgada”, de 1966; “Frenesi”, de 1972; e “Trama Macabra”, de 1976, somente para citar alguns.

Os Pássaros

Mas foi em 1963, depois do estrondoso, mas não esperado, sucesso de “Psicose”, – talvez seu filme mais famoso –, que Alfred Hitchcock resolveu criar seu thriller mais aterrorizante: “Os Pássaros”. O filme revolucionaria a indústria do cinema de suspense e influenciaria uma nova geração de diretores.

Reprodução

A atriz Tippi Hedren durante as filmagens de "Os Pássaros".



Aliás, Hitchcock talvez tenha sido quem melhor definiu a diferença entre suspense e mistério. Onde no suspense a plateia ou telespectador sabe o que ocorre na trama e apenas as personagens não têm conhecimento dos fatos. Já no mistério ambos não têm ideia do esta acontecendo. Bem, no caso de “Os Pássaros”, talvez as duas situações se permeiem.

Baseado na obra de Daphne Du Maurier “Os Pássaros” conta a história da jovem e rica socialite Melanie Daniels, interpretada por Tippi Hedren. Depois de um encontro casual com Mitch Brenner (Rod Taylor), seu interesse a leva para a pequena e pacata cidade de Bodega Bay, na Califórnia, até que os pássaros se voltam contra os humanos e desencadeiam ataques cada vez mais ferozes.

Como em outros filmes, Hitchcock surge logo no inicio e como sempre em uma situação inusitada. Entre as curiosidades do longa, podemos citar o caso da atriz Tippi Hedren, que durante as filmagens se feriu de verdade no rosto por um dos pássaros. A propósito, a escolha da atriz deu-se porque Hitchcock a descobriu em um comercial de TV, onde ela caminhava por uma calçada, quando um homem assobia, ela então se vira e sorri. Não por acaso, Hitchcock repete a cena no filme. A atriz ganhou o Globo de Ouro por seu papel no longa-metragem. Outra curiosidade do filme é a ausência de uma trilha sonora e claro, as estrelas do filme, as aves que são de verdade. Foram usados 3.200 pássaros treinados. Em 2006, durante uma enquete com o público britânico, pelo Canal 5 e o The Times, “Os Pássaros” foi votado como o sétimo filme mais assustador de todos os tempos.

Reprodução

Alfred Hitchcock durante as filmagens de "Os Pássaros".



Mas o que levou “Os Pássaros” a este patamar não só no cinema, mas na própria carreira de Alfred Hitchcock? Além da inegável genialidade do diretor, em compor cenários de suspense e provocar o medo na mente humana, talvez o fato de ter apostado em algo que não parece óbvio. Seria comum sentirmos calafrios com assassinos de máscaras e machados, ou então um louco com uma serra-elétrica, ou ainda, casas assombradas e histórias de espíritos dos mais variados estilos e épocas. Entretanto, pavor de aves, com exceção daqueles que mantém a ornitofobia (fobia de aves), não seria muito comum. É justamente neste conceito que se esconde a essência do filme, causar ao espectador uma sensação de fobia espontânea e inesperada.

Mas sabemos que a situação apresentada no filme seria pouco provável, portanto, não há o que temer. Pelo contrário, as aves em sua maioria esmagadora são arredias e são raros os casos de ataques a seres humanos. Mas, de certo muita gente na época, deve ter saído das salas de cinema ressabiada.

Reprodução

Set de filmagens de "Os Pássaros".



Apesar de ter sido indicado ao Oscar por cinco vezes, nunca levou a estatueta. Foi nomeado Cavaleiro Comendador do Império Britânico, em 1980. Em 29 de abril deste mesmo ano, faleceu em Los Angeles, nos Estados Unidos. O cineasta ficou mundialmente conhecido como o “Mestre do Suspense”.

Mostra sobre Alfred Hitchcock está em cartaz no MIS – Museu da Imagem e do Som (www.mis-sp.org.br). Com o perdão do trocadilho, vale muito a pena conferir.

Em comemoração ao centenário da aprovação da Lei do Tratado das Aves Migratórias (MBTA, na sigla em inglês), importantes instituições estrangeiras como National Audubon Society, National Geographic, BirdLife International e The Cornell Lab of Ornithology, oficializaram 2018 como o Ano da Ave. Aqui no Brasil, a Agência Ambiental Pick-upau também realizará uma série de ações para a promoção do Projeto Aves, patrocinado pela Petrobras, incluindo matérias especiais sobre as aves nas mais diversas áreas, como na cultura.

Alfred Hitchcock Papers Margaret Herrick Library Academy of Motion Pictures and Sciences/Reprodução

Storyboard do filme Os Pássaros, de 1963.



O Projeto Aves realiza diversas atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância da conservação das comunidades de avifauna.

O Projeto Aves é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, desde 2015.

Alfred Hitchcock Papers Margaret Herrick Library Academy of Motion Pictures and Sciences/Reprodução

Os vários posters de "Os Pássaros".



Fotos: Reprodução/Divulgação

 
 
 
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