Talha-mar (Rynchops niger)
 
 
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Onda de calor causou morte em massa de aves marinhas
Entre meio milhão e 1,2 milhão de airos morreram de fome
 

20/01/2020– Cientistas avaliam que cerca de um milhão de aves marinhas do Pacífico Norte, conhecidas na região como airo (Uria aalge – airo comum) e (Uria lomvia – airo de Brünnich), morreram em consequência da onda de calor, durante a temporada de 2015-2016. Segundo os pesquisadores, a mudança climática interrompeu a cadeia de alimentos das aves, causando inanição nos grupos. Os especialistas afirmam que esse é o maior registro de mortes em massa já registrada entre aves.

A ecologista Julia Parrish, da Universidade de Washington, disse em entrevista à AFP, que a maior frequência de ondas de calor mais fortes parece ser um fenômeno "relativamente novo" e diretamente ligado às mudanças climáticas.


Entre 2014 e 2016, o El Niño juntou-se a uma imensa massa quente de água do mar, conhecida como “gota”. Esse conjunto de fatores resultou em uma onda marinha de calor que permaneceu da Califórnia ao Alasca. Vale lembrar que o El Niño é um fenômeno climático global que ocorre de forma irregular e está relacionado ao aumento da temperatura do oceano Pacífico equatorial central e oriental.

Entre o verão de 2015 e a primavera de 2016, foram encontrados cerca de 62 mil airos mortos ao longo da costa do Pacífico, na América do Norte. Apenas no Alasca, a taxa de mortandade foi mil vezes maior que o já registrado. Considerando que somente uma pequena parcela das aves mortas estava em locais acessíveis em terra, estima-se que o total de mortes esteja entre meio milhão e 1,2 milhão de airos.

Segundo os pesquisadores, os efeitos do calor acima da média, impactaram na quantidade de fitoplâncton, que por sua vez, derivou na diminuição de peixes, alimento das aves. Esses fatores também fizerem com que peixes maiores predassem mais outros peixes, causando uma concorrência com os airos, na busca de alimentos. Piatt acrescentou quer o "calcanhar de Aquiles" evolutivo do airo é sua necessidade de consumir diariamente o equivalente a metade de sua massa corporal.

"Tudo o que fazem depende do músculo do peito. E quando não conseguem comer em três ou quatro dias, queimam todo esse músculo", e não conseguem mais voar ou mergulhar, disse à AFP.

O problema ainda foi agravado pelo fato das aves que morreram estarem em idade de reprodução. O estudo revelou que as colônias de airos tiveram redução no nascimento de airos durante e após a onda de calor.

Projeto Aves realiza diversas atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância da conservação das comunidades de avifauna. O Projeto Aves é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, desde 2015.

Da Redação, com informações da AFP

 
 
 
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