Talha-mar (Rynchops niger)
 
 
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Mudanças climáticas já afetam os corpos das aves
Espécies estão ‘evoluindo’ para sobreviver às alterações do clima
 

05/07/2022 – As mudanças climáticas já estão presentes e afetam praticamente todas as partes do planeta e na Amazônia não seria diferente. Uma pesquisa agora afirmar que o tamanho dos corpos e comprimento das asas estão se adaptando a essa nova realidade.

Segundo um estudo produzido por pesquisadores da Louisiana State University, dados coletados nas últimas quatro décadas apresentam não só uma perda na biodiversidade e uma queda significativa nos números de aves na Floresta Amazônica, mas também uma mudança nos corpos das aves, incluindo suas asas. Para os pesquisadores, essas mudanças estão relacionadas às alterações do clima, principalmente na estação mais seca de junho a novembro.

Os dados coletados demonstraram que todos os corpos das aves estudadas tiveram uma redução de massa, até ficando mais leves. Com informações coletadas desde a década de 1980, os pesquisadores descobriram que apesar da redução no tamanho de seus corpos, suas asas ficaram mais longas, refletindo um grande desafio fisiológico e nutricional para se adaptarem as novas condições climáticas que afetam todo o ambiente.

A pesquisa publicada revista Science Advances, também indica que essas mudanças ocorreram em uma grande área da floresta e não em uma área determinada, o que pode indicar que esse fenômeno já se espalhou e deverá trazer novas consequências em breve.

Os pesquisadores dizem que analisaram dados de cerca de 15 mil aves, que foram capturadas, medidas, pesadas, marcadas e depois soltas. Esse trabalho de 40 anos na Amazônia mostra a evolução das espécies e as consequências das mudanças climáticas e da destruição de habitats. Segundo o estudo, 2% dos indivíduos perderam massa corporal a cada década. Uma ave média que pesava cerca de 30 gramas na década de 1980, agora teria, em média 27,6 gramas.

Reprodução/Pixabay

 



Foram investigadas 77 espécies de aves da floresta tropical, que ocorrem em ambientes mais frios e escuros da mata, até locais mais quentes e iluminando pelo sol. Os pesquisadores identificaram que as espécies que vivem em regiões mais altas, no meio a bosque, que ficam mais expostas ao calor e consequentemente em condições mais seca, apresentaram mudanças mais expressivas no peso corporal e no tamanho das asas. Outra observação é que essas aves costumam voar mais que as espécies que vivem na faixa do solo da floresta. Deste modo, elas apresentaram uma adaptação maior, em relação ao clima mais quente e seco.

Essa redução do peso e o aumento no tamanho das asas traz uma eficiência em relação à energia empregada no voo. Se a ave tem uma carga maior, precisa movimentar mais as asas para se manter em voo, gastando mais energia e produzindo mais calor metabólico. Essa mudança também proporciona os corpos mais frios em um ambiente mais quente.

Os resultados da pesquisa indicam que, apesar de muitas regiões da Amazônia ainda não terem um impacto direto do homem, ou seja, estão intocadas, as mudanças climáticas já conseguem interferir e alterar esses locais inóspitos.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
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