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Taxa de falha de eclosão em aves aumenta quase duas vezes
Maior estudo já realizado sobre assunto alerta para falhas na eclosão
 

21/03/2023 – Uma nova pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Sheffield, do Instituto de Zoologia e da University College London (UCL) indica como as pessoas podem apoiar a restauração de espécies de aves ameaçadas, com a redução da taxa de eclosão.

Os pesquisadores analisaram 241 espécies de aves, em 231 estudos anteriores para verificar a taxa de eclosão. Segundo as análises, 17% dos ovos das aves silvestres não eclodem, quase o dobro do número registrado há 40 anos, quando a queda era de 9%.

Um em cada seis ovos destas aves silvestres não eclodem e quando se trata de espécies ameaçadas de extinção esses números são ainda maiores. Ainda segundo a pesquisa, 43% dos ovos de espécies ameaçadas criadas em cativeiro não chegam a eclodir, um desafio nas ações de conservação das espécies.

“Cerca de 13% das espécies de aves em todo o mundo estão atualmente ameaçadas de extinção, e as coisas estão piorando em vez de melhorar. Espécies à beira da extinção têm níveis muito mais altos de falha de eclosão em comparação com espécies não ameaçadas, e a criação de aves em cativeiro parece estar tendo um impacto negativo”, disse Nicola Hemmings, co-autor da Escola de Biociências da Universidade de Sheffield, em comunicado.

“Existem considerações importantes que precisamos fazer - o benefício do cativeiro e outras intervenções superam a redução da reprodução dessas espécies? Para muitas espécies, essas práticas são absolutamente vitais para a sobrevivência das espécies, por isso precisamos pesar cuidadosamente os prós e os contras de diferentes abordagens para garantir que estamos fazendo tudo o que podemos para proteger as aves da extinção”, completa Hemmings.

Reprodução/Pixabay

 



A pesquisa descreve quatro ações conservacionistas que podem estar associadas às taxas de eclosão mais baixias. Aves vivendo em cativeiro, em relação a indivíduos na vida selvagem ou livre; ovos chocados em incubadoras, em comparação com ninhos naturais com incubação parental; alimentação suplementar, aquela fora das opções naturais; e aves que usam ninhos artificiais ao invés da nidificação natural.

Mas os pesquisadores dizem que há prós e contras em cada técnica conservacionista e acredita que estudos assim possam ajudar na escolha das melhores metodologias. “Com este trabalho, esperamos fornecer evidências vitais necessárias para entender como as diferentes práticas de manejo são eficazes para melhorar o sucesso da incubação e ajudar na recuperação da população. Os gerentes de conservação estão fazendo um trabalho incrível na prevenção do declínio das espécies, mas eles têm um trabalho incrivelmente difícil de tomar decisões quando as espécies estão à beira da extinção, sobre quais ferramentas implementar e quando. Esse tipo de trabalho fornece as evidências necessárias para melhorar a tomada de decisões e, com sorte, melhorar a recuperação”, explica a Dra. Patricia Brekke, co-autora do Instituto de Zoologia, ZSL, em comunicado.

Segundos os pesquisadores, existem vários motivos para explicar a redução nas taxas de eclosão das aves nas últimas décadas. Contudo, ainda não está evidente se essa redução é causada por uma falha na eclosão, ou se a redução da eclosão é consequência do declínio da população. Em estudos anteriores, a taxa de eclosão exclui populações manejadas e concentram-se em espécies não ameaçadas e isso pode demonstrar apenas uma parte da história.

O estudo indica ainda uma lacuna ou inconsistência na coleta de dados sobre a falha da eclosão, e padronizar esses sistemas de verificação pode ser fundamental para mostrar uma fotografia mais fidedigna dos fatos, inclusive ajudar na conservação de outras espécies que põem ovos como répteis.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
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