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Cérebros de aves podem sentir campos magnéticos
Nova pesquisa revela que aves conseguem ‘desligar seu gps’ após a viagem
 

11/07/2023 – Estudos já indicavam que aves migratórias podem sentir e até usar o campo magnético do planeta em suas longas viagens, mas esse serviço pode causar transtornos e irritação aos animais. Pesquisadores da University of Western Ontário, no Canadá, e da Bowling Green State University, nos Estados Unidos, descobriram que as aves podem ‘desligar’ esse auxilio a navegação neurológica quando não é mais necessário seu uso.

Estudando pardais-de-garganta-branca (Zonotrichia albicollis), os pesquisadores verificaram que as aves podiam acionar uma parte específica do cérebro quando era necessário iniciar a migração e depois deixar essa capacidade inativa, enquanto descansavam nos locais de parada durante a viagem. A região do cérebro conhecida como ‘cluster N’ já havia sido descrita como fundamental para a navegação das aves, mas ainda não se sabia como era usada entre as espécies e como e se era possível ativar e desativar essa opção no ciclo diário ou sazonal das aves.

Os pesquisadores explicam que essa parte do cérebro funciona como uma bússola geomagnética, sobretudo para as aves canoras e quando fazem a migração à noite. A pesquisa analisou em laboratório, três grupos de aves: diurnas, noturnas em repouso e noturnas inquietas migratórias. A inquietação foi caracterizada pelo aumento na atividade, como os movimentos no poleiro e o zumbido das asas.

Reprodução/Pixabay

 



Os cientistas realizaram exames nos cérebros das aves, entre os grupos, e como a ativação do cluster N foi relacionada à inquietação migratória, independente de ser dia ou noite. O estudo verificou que quanto mais impacientes as aves, mais ativos os neurônios do cluster N ficavam. Estudos indicavam que cluster N estava sempre ativo à noite, mas a pesquisa não mostrou isso.

Segundo os pesquisadores, o estudo amplia o conhecimento sobre como as aves e outros animais usam o campo magnético do planeta em suas viagens migratórias. Para os especialistas, saber a direção correta para o polo ou o caminho para o equador pode ser muito importante e até vital para as aves e como esses animais conseguem ativar esse recursos é algo extraordinário.

A pesquisa também mostra como as áreas urbanas podem influenciar na geolocalização das aves. Para os cientistas, conhecer como as aves vivem pode evitar que atrapalhemos sua vida e até ajudarmos a encontrar rotas seguras para as viagens e migrações. Eles acreditam também que a parte N do cérebro pode render muitas outras descobertas. O estudo foi publicado no European Journal of Neuroscience.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
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