Talha-mar (Rynchops niger)
 
 
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Após longos períodos separados, aves podem se ‘divorciar’ devido à promiscuidade
Cientistas afirmam que aves monogâmicas trocam de parceiros como humanos
 

26/09/2023 – Separações por longos períodos podem significar divórcio ou o fim de relacionamentos entre humanos. Mas fatores similares também podem causar separações entre aves. Pesquisadores acreditam que mais de 90% das espécies de aves tenham um único parceiro, durante o período de reprodução. Contudo, algumas aves monogâmicas podem trocar seus parceiros de uma estação de reprodução para outra, mesmo que seu antigo parceiro esteja vivo, o que os pesquisadores consideram com um “divórcio”.

Estudos indicam eventuais motivos associados para essas separações, contudo especialistas afirmam que esse comportamento tende a se concentrar em espécies individuais ou grupos de espécies determinados. Neste novo estudo, os pesquisadores dizem ter verificado dois fatores que estão presentes no divórcio em uma grande quantidade de espécies de aves, a promiscuidade masculina e as migrações de longas durações.

Na nova pesquisa publicada na revista científica Proceedings of the Royal Society B, pesquisadores da China e Alemanha demonstram como usaram dados publicados anteriormente sobre indicadores de divórcio em 232 espécies de aves, relacionando com dados de mortalidade e distâncias das migrações. Os cientistas qualificaram os indivíduos machos e fêmeas, por meio de uma “pontuação de promiscuidade”, baseada em informações sobre o comportamento das aves.

Os pesquisadores também realizaram uma análise sobre as relações evolutivas de espécies, considerando a ancestralidade comum. Segundo os cientistas, as espécies com taxas de divórcio altas estão relacionadas entre si, essa descoberta também de aplica em espécies com taxas de divórcio baixas. Esse mesmo padrão foi verificado na promiscuidade masculina.

Reprodução/Pixabay

 



“Por exemplo, tarambolas, andorinhas, martins, papa-figos e melros tiveram altas taxas de divórcio e promiscuidade masculina, enquanto petréis, albatrozes, gansos e cisnes tiveram baixas taxas de divórcio e promiscuidade masculina”, escreve a equipe de pesquisadores. Embora a maior taxa de promiscuidade masculina esteja associada a taxas maiores de divórcio, o mesmo não ocorria na promiscuidade feminina.

“Quando um macho é promíscuo, muitas vezes é percebido como uma redução desse comprometimento, pois sua atenção e recursos são divididos entre várias fêmeas. Isso pode torná-lo menos atraente como parceiro e, portanto, mais propenso a ser 'divorciado' na próxima temporada de reprodução. Por outro lado, um macho pode aumentar sua aptidão ao acasalar com várias fêmeas”, explica o Dr. Zitan Song, coautor da pesquisa do Instituto Max Planck de Comportamento Animal, na Alemanha.

Para os pesquisadores, as taxas de divórcio podem aumentar, conforme os machos têm mais oportunidades para a promiscuidade. Contudo, o pesquisador indica que essa promiscuidade feminina pode não chegar às mesmas consequências. Para Song, a incerteza sobre a paternidade pode ocasionar no maior envolvimento masculino nas tarefas parentais.

A pesquisa também relata que espécies migratórias de longas distâncias apresentavam uma taxa de divórcio mais alta. Os cientistas relatam ainda que as taxas de mortalidade e a distância da migração podem estar relacionadas à promiscuidade masculina, indicando eventuais efeitos indiretos no divórcio.

Para os pesquisadores, os resultados indicam que o divórcio entre aves pode não ser somente uma estratégia para ampliar a aptidão de um indivíduo ou uma resposta a padrões ecológicos, e sim ser afetado de forma simultânea para ambos.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
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