Talha-mar (Rynchops niger)
 
 
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Incêndios florestais são perigo e oportunidade para aves, diz estudo
A complexa relação das espécies com os incêndios florestais
 

28/09/2023 – Os incêndios florestais estão cada vez mais comuns e maiores, alguns cientistas já indicam que estamos vivendo uma Era do Fogo. E como as aves estão lidando com esses fenômenos foi objetivo de estudo que avalia como as espécies mudam seus padrões de nidificação, reprodução e até da migração, em função da fumaça que atrapalha o voo.

Todos já sabem que incêndios florestais são extremamente prejudiciais à saúde humana, em muitos casos são mortais e esses efeitos são igualmente prejudiciais para a fauna. Em relação às aves, os pesquisadores explicam que todas, de estimação, selvagens a domésticas são muito vulneráveis à poluição do ar, pois compartilham um sistema respiratório comum.

Segundo os pesquisadores, as aves respiram de maneira completamente diferente dos humanos. Enquanto pulmões humanos se expandem e se contraem a cada respiração, nas aves uma série de bolsas de ar circula a cada respiração, por meio de pulmões rígidos, proporcionado uma dupla dose de oxigênio a cada respiração. Esse processo permite que as aves fortaleçam seus músculos e possam voar.

Reprodução/Pixabay

 



“Isso torna as aves realmente excelentes na respiração e isso é ótimo porque suporta uma taxa metabólica muito alta para que possam fazer todas as coisas legais que as aves fazem. Mas se eles são excelentes em absorver oxigênio, também são vulneráveis a tudo o mais que está no ar, incluindo a poluição”, explica Olivia Sanderfoot, pós-doutoranda da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, durante uma entrevista.

O estudo realizado na temporada de incêndios florestais de 2020, no oeste dos Estados Unidos, verificou que gansos, rastreados por GPS, mudaram os padrões de migração quando tinham a cortina de fumaça densa pela frente. As aves esperavam para que a nuvem de fumaça dispersasse, voavam acima desses bolsões de fumaça ou até desviaram centenas de quilômetros para contornar a barreira de fumaça. Todas as alterações no comportamento, certamente trazem dificuldades na migração das aves.

Apesar de todas as dificuldades, os quatro gansos monitorados chegaram ao local de migração, ainda que tenham levado mais tempo, alterado a rota e até ter tido que realizar uma parada estratégica. Isso pode indicar não só a resiliência da espécie mais também uma adaptação às condições ambientais extremas. Outras histórias coletadas com moradores também corroboram para a tese. Em alguns locais bandos maiores chegaram, nos alimentadores outras aves se mostraram mais irritadas e agitadas e isso pode está relacionado aos incêndios florestais.

Reprodução/Pixabay

 



Por outro lado, a pesquisadora lembra que algumas espécies se beneficiam do fogo como a Toutinegra-de-Kirtland (Setophaga kirtlandii), uma espécie rara que vive em Ontário, no Canadá, que precisa do fogo para regeneração das florestas de pinheiros onde nidifica. Segundo levantamento, há algumas décadas existiam apenas 350 pares da espécie na região, mas graças a projetos de conservação, hoje são milhares vivendo no local.

Outras espécies que se beneficiam de um ambiente pós-incêndio florestal são os pica-pau-de-dorso-preto e os pica-pau-de-três-dedos que precisam de árvores mortas, explica Andrew Stillman, pós-doutorando do Cornell Lab of Ornithology em Ithaca, Nova York. Outras tantas espécies dependem do trabalho dos pica-paus, como as carriças e chapins que usam os buracos abertos pelos pica-paus para buscar alimentos.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
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