08/12/2023 – Pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Ambientais e Interdisciplinares da Carleton University, no Canadá, indica que áreas com pequena diversidade de espécies de aves pode ter relação com o número de pessoas internadas em hospitais, por conta de problemas de saúde mental. Os pesquisadores explicam que a interação entre espécies de aves e saúde ainda é uma questão pouco explorada.

Segundo o estudo, outros fatores também contribuíram para as internações hospitalares, como espaços verdes e renda familiar que podem atuar na ansiedade e transtornos de temperamento, mas a diversidade das aves também deve ser considerada.

“Muitas vezes consideramos a natureza como representando a quantidade de espaço verde perto das casas ou a distância até o parque mais próximo, mas a ligação entre a diversidade de espécies e a saúde é pouco explorada. Nosso estudo mostra que, se a diversidade de espécies pode afetar a saúde mental no extremo do espectro (hospitalizações), é possível que o declínio da biodiversidade em todo o mundo esteja intrinsecamente conectado com nossa ansiedade e humor no dia a dia”, disse Rachel Buxton, principal autora do estudo, em comunicado.

O estudo usou dados da plataforma eBird, um grande banco de dados sobre espécies em várias partes do mundo, que é abastecido por cientistas cidadãos. Por meio da ferramenta, a equipe analisou a diversidade de espécies no estado de Michigan, nos Estados Unidos, relacionando com as internações hospitalares por ansiedade.

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A pesquisa publicada na revista Geo: Geography And Environment destaca a relação entre distúrbios mentais com as perdas de biodiversidade. Segundo os pesquisadores, restaurar e preservar habitats para manter a biodiversidade das aves pode ser um processo para melhorar a saúde mental nas cidades. Outro estudo produzido pelo King's College London, já havia indicado que a vocalização de aves tem relação com bem-estar mental.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências de notícias
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