10/04/2024
– Um estudo liderado pelos pesquisadores da Universidade
Anglia Ruskin destaca diferenças marcantes no comportamento
alimentar entre gaios-eurasiáticos (Garrulus glandarius)
e corvos (Corvus moneduloides) da Nova Caledônia.
Ambas as espécies, conhecidas por sua capacidade de demonstrar
autocontrole em gratificação atrasada, apresentam
comportamentos diferentes quando compartilham o ambiente com outras
aves. O estudo, publicado na revista PLOS ONE, revela como os
gaios optam por recompensas imediatas e menos preferidas na presença
de aves competidoras, enquanto os corvos resistem à tentação
e aguardam pela recompensa de maior qualidade.
Os pesquisadores conduziram experimentos utilizando uma tarefa
de bandeja rotativa, observando as escolhas alimentares das aves
quando confrontadas com opções de alimentos de alta
e baixa qualidade. Notavelmente, os gaios mostraram flexibilidade
ao adaptar suas escolhas quando diante de outras aves, optando
por recompensas imediatas quando competidores estavam presentes.
Em contraste, os corvos da Nova Caledônia foram persistentes
em escolher recompensas atrasadas e de maior qualidade, independentemente
do contexto social.
A professora Rachael Miller, da Anglia Ruskin University,
destaca a relevância dessas descobertas para a compreensão
do autocontrole e fatores que influenciam o atraso na gratificação
em animais. A pesquisa também destaca as diferenças
sociais entre as duas espécies, com os corvos sendo mais
sociáveis e tolerantes, provavelmente relacionado à
sua estratégia de escolha alimentar mais consistente. Esse
estudo contribui significativamente para a compreensão
do comportamento animal e suas adaptações em contextos
sociais específicos.
Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência
Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza
atividades voltadas ao estudo e conservação desses
animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos
e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão
de sementes, polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio de
espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com informações de agências
internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay
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