30/04/2024
– Um estudo recente publicado na revista científica
Nature Communications aponta que aproximadamente uma em cada nove
espécies de aves foi extinta nos últimos 126 mil
anos, com os humanos sendo os principais responsáveis por
grande parte dessas extinções, muitas das quais
não foram previamente documentadas. Essa taxa de extinção
é mais do que o dobro do número estimado anteriormente.
Ao longo dos séculos, a
atividade humana desencadeou ondas de extinções
em diversas espécies animais, incluindo aves, por meio
do desmatamento, caça e introdução de espécies
não nativas. Esse impacto foi particularmente pronunciado
em ilhas, onde 90% das extinções conhecidas ocorreram
em ecossistemas isolados.
Devido à natureza dos ossos
ocos e leves das aves, seus restos mortais tendem a não
ser bem preservados como fósseis, dificultando a análise
das extinções ao longo do tempo. No entanto, a pesquisa
liderada por Rob Cooke, do Centro de Ecologia e Hidrologia do
Reino Unido, utilizou um modelo que combinou extinções
documentadas, registros fósseis e estimativas de extinções
não descobertas em 1.488 ilhas ao redor do mundo.
Os resultados revelaram
que entre 1.300 e 1.500 espécies de aves, representando
quase 12% do total mundial, foram extintas nos últimos
126.000 - 12.000 anos, com dois terços dessas extinções
ocorrendo na região do Pacífico. É provável
que as atividades humanas tenham sido responsáveis pela
maioria dessas perdas, especialmente durante a colonização
das ilhas do Pacífico oriental.
A introdução de
roedores e animais domésticos nas ilhas também contribuiu
para a perda de espécies bem documentadas, como o corvo-de-bico-grosso
do Havaí. Compreender o número de espécies
perdidas ao longo do tempo pode auxiliar os governantes e tomadores
de decisão na definição de metas de conservação
mais robustas, especialmente para as espécies de aves que
ainda sobrevivem no planeta.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências de notícias
Fotos: Reprodução/Pixabay
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