22/05/2024
– Pesquisadores da Universidade Nacional Australiana (ANU)
identificaram fatores de risco significativos para as aves australianas,
especialmente aquelas em ilhas, alertando para um cenário
preocupante de extinção. O estudo, publicado na
revista Emu — Austral Ornithology, destaca a urgência
de esforços de conservação diante dos desafios
enfrentados por muitas espécies.
De acordo com Dr. George Olah,
autor principal do estudo, muitas espécies de aves, entre
as 750 que são nativas na Austrália, estão
sob ameaça. Em 2020, 10% delas já estavam em risco
de extinção. Ele enfatiza que compreender os fatores
de risco é importante para priorizar as medidas de conservação
de maneira eficaz.
O estudo apontou três fatores
determinantes. Primeiramente, as espécies que habitam apenas
ilhas têm maior probabilidade de estar em risco, devido
à exposição a ameaças de espécies
introduzidas, como gatos, ratos e outros mamíferos. O papagaio
veloz e o papagaio-de-barriga-laranja da Tasmânia são
exemplos de espécies criticamente ameaçadas.
O segundo fator destaca
a capacidade de adaptação das espécies a
ambientes agrícolas. Quanto mais capazes de encontrar alimentos
nesses locais, menor é a ameaça. Adaptações
a novas terras agrícolas podem ser benéficas após
a destruição de parte de seu habitat original.
O terceiro fator aborda a distinção evolutiva ou
"singularidade" das espécies, onde aquelas com
características únicas enfrentam maior risco de
extinção.
O estudo também revela
que avaliações apenas ao nível da espécie
podem ocultar riscos mais amplos, especialmente ao considerar
subespécies. O Dr. Olah destaca exemplos, como o papagaio
terrestre e a morepork, uma espécie de coruja pequena,
cujas subespécies enfrentam níveis críticos
de ameaça, enquanto suas espécies têm menor
preocupação em nível global. Esse novo conhecimento,
parte de uma edição especial da Emu sobre ameaças
às aves australianas.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação
com informações de agências internacionais
Fotos: Pixabay/Reprodução
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