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Aves mostram laços inesperados com outras espécies durante a migração
Estudo aponta que aves formam comunidades interativas em suas jornadas, revelando conexões surpreendentes entre espécies diferentes
 

26/03/2025 – As longas viagens migratórias das aves, frequentemente vistas como solitárias e perigosas, ganharam um novo olhar. Pesquisadores descobriram que muitas espécies de aves formam comunidades interativas durante a migração, compartilhando espaços e até se beneficiando mutuamente em suas jornadas.

O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, analisou mais de 20 anos de dados de estações de anilhamento de aves no nordeste da América do Norte, abrangendo cerca de 50 espécies de pássaros canoros. De acordo com a principal autora, Joely DeSimone, do Centro de Ciências Ambientais da Universidade de Maryland, as aves não se agrupam ao acaso durante essas viagens. Em vez disso, elas constroem redes sociais que desafiam a ideia tradicional de migração como um esforço isolado.

Emily Cohen, coautora do estudo, destacou que as descobertas representam uma mudança na forma como os cientistas entendem e conservam a migração animal. Segundo ela, os pássaros devem ser vistos como parte de comunidades interativas, e não apenas como grupos aleatórios de espécies independentes.

Entre as espécies estudadas, foi observado que rabirruivos-americanos e toutinegras-de-magnólia, por exemplo, costumam estar juntos tanto na primavera quanto no outono. Já rabirruivos-de-coroa-rubi e pardais-de-garganta-branca também apresentaram um padrão similar de convivência. Por outro lado, algumas espécies, como rabirruivos-americanos e rabirruivos-de-coroa-rubi, pareciam evitar umas às outras, mas apenas em casos isolados.

Os pesquisadores acreditam que a presença de outras aves com hábitos de forrageamento semelhantes pode sinalizar áreas favoráveis para alimentação e descanso, ajudando as espécies recém-chegadas a encontrar recursos rapidamente. Essa interação positiva sugere que as aves podem aproveitar as dicas fornecidas por outras espécies para maximizar suas chances de sobrevivência durante a migração.

Reprodução/Pixabay

 



Steve Dudgeon, da National Science Foundation, que financiou o estudo, afirmou que essas descobertas abrem portas para pesquisas futuras sobre a dependência das aves dessas redes sociais migratórias. Ele também destacou a importância de entender como mudanças climáticas e alterações no habitat podem impactar essas conexões.

Para Jill Deppe, diretora da Iniciativa de Aves Migratórias da National Audubon Society, o estudo é um divisor de águas. Ela ressaltou que, historicamente, a conservação das aves tem se concentrado em uma espécie de cada vez, mas as novas descobertas mostram que estratégias comunitárias podem ser mais eficazes e rápidas para proteger populações em declínio.

Conforme o impacto humano no meio ambiente torna a migração ainda mais desafiadora para as aves, compreender a importância dessas relações interespécies pode ser essencial. Janet Ng, bióloga de vida selvagem do Canadá, acredita que essa abordagem pode direcionar melhor os esforços de conservação, ao identificar áreas críticas e promover a proteção de habitats essenciais para essas comunidades migratórias.

A pesquisa marca um passo importante na compreensão do comportamento migratório das aves, reforçando que, mesmo em momentos de grande desafio, a natureza encontra maneiras de construir conexões.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de Agências Internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
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