10/04/2025
– Os morcegos são animais altamente diversos, com
diferentes adaptações para suas necessidades, como
sugar sangue, caçar insetos ou beber néctar, o que
exige designs de asas distintos. No entanto, surge a questão
de por que não existem morcegos incapazes de voar, com
comportamentos semelhantes aos de aves como avestruzes ou albatrozes,
que vivem em terra ou no mar.
Os pesquisadores acreditam ter
encontrado a resposta: ao contrário das aves, a evolução
das asas e pernas dos morcegos está fortemente interligada,
o que pode ter limitado sua capacidade de ocupar tantos nichos
ecológicos quanto as aves. O estudo publicado na Nature
Ecology and Evolution.
Os pesquisadores acreditavam que,
como pernas e asas têm funções distintas,
a origem do voo nos vertebrados exigia que os membros evoluíssem
independentemente. Comparando morcegos e pássaros, que
não compartilham um ancestral voador comum, é possível
testar essa teoria, pois ambos oferecem modelos independentes
para estudar a evolução do voo.
A pesquisa envolveu a medição
dos ossos das asas e pernas de 111 espécies de morcegos
e 149 de aves de diversas partes do mundo, com a análise
de raios X de espécimes de museu e cerca de um terço
de novas imagens de morcegos armazenados no Museu de Vertebrados
da Universidade Cornell. Os pesquisadores observaram que, dentro
de uma espécie, o formato dos ossos das asas (como handwing,
rádio e úmero) e das pernas (fêmur e tíbia)
estão correlacionados, indicando que esses ossos evoluem
juntos dentro de cada membro. No entanto, ao comparar as correlações
entre asas e pernas, encontraram diferenças: enquanto as
espécies de pássaros apresentam pouca ou nenhuma
correlação, os morcegos mostram uma forte correlação
entre esses membros.
As descobertas indicam
que, ao contrário das aves, os membros anteriores e posteriores
dos morcegos não evoluíram de forma independente;
quando o formato das asas muda, o das pernas muda na mesma direção.
Isso levanta questões sobre a evolução dos
pterossauros, répteis voadores extintos com asas membranosas
semelhantes às dos morcegos. Com a descoberta, a equipe
começou a reexaminar a evolução dos esqueletos
das aves de maneira mais detalhada.
Mais informações:
Andrew Orkney et al, A integração evolutiva das
proporções dos membros anteriores e posteriores
dentro da membrana da asa do morcego inibe a adaptação
ecológica, Nature Ecology & Evolution (2024). DOI:
10.1038/s41559-024-02572-9
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de Agências Internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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