19/06/2025
– Pesquisadores descobriram que, além de sua plumagem
vibrante, 37 das 45 espécies de aves-do-paraíso
possuem biofluorescência. Isso significa que algumas áreas
de sua plumagem ou outras partes do corpo absorvem luz UV ou azul
e emitem luz em frequências mais baixas, tornando-as ainda
mais deslumbrantes do que se imaginava.
O Dr. Rene Martin, do Museu Americano
de História Natural, explicou que a biofluorescência
nas aves-do-paraíso torna suas áreas biofluorescentes
mais brilhantes, fazendo com que penas amarelas se tornem mais
verde-amareladas e penas brancas mais brilhantes. Martin e sua
equipe estudaram espécimes preservados de cada espécie
de ave-do-paraíso na coleção de ornitologia
do museu, e os resultados foram publicados no Royal Society Open
Science.
A equipe de pesquisa expôs
machos e fêmeas de diversas espécies de aves-do-paraíso
à luz azul em uma sala escura e mediu a luz emitida, além
de aplicar luz UV em algumas peles. Os resultados mostraram que
machos de 21 espécies exibiram biofluorescência em
partes da plumagem, como cabeça, pescoço, barriga,
cauda e barbelas faciais. Além disso, essas espécies,
junto com outras 16, apresentaram ou poderiam apresentar biofluorescência
na parte interna da boca e garganta.
Fêmeas de 36 das 37 espécies
de aves-do-paraíso também exibiram biofluorescência,
com várias apresentando esse fenômeno no peito, barriga
ou nas penas ao redor da cabeça. A luz emitida variou de
azul-claro ou azul-petróleo a verde e verde-amarelo. O
Dr. Martin sugeriu que a biofluorescência pode não
alterar a aparência, mas torna as aves mais brilhantes e
atraentes.
A equipe observou que
a biofluorescência não foi presente nas espécies
dos gêneros Lycocorax, Manucodia e Phonygammus, sugerindo
que esse fenômeno existia no ancestral comum de todas as
aves-do-paraíso, mas foi perdido nesses três grupos.
Os pesquisadores também destacaram que as exibições
de cortejo dos machos de várias espécies biofluorescentes
seriam intensificadas pela biofluorescência, como no caso
dos machos de Lophorina, que abrem a boca durante a apresentação
para as fêmeas.
O Dr. Martin explicou que a biofluorescência
nas manchas próximas à plumagem preta dos machos
das aves-do-paraíso pode tornar essas áreas de sinalização
ainda mais brilhantes durante as exibições de cortejo.
Para as fêmeas, no entanto, a biofluorescência parece
ter uma função diferente, possivelmente servindo
como camuflagem, devido à localização e aos
padrões de sua plumagem. Martin destacou que a pesquisa
oferece novos insights sobre a visão, comportamento e morfologia
das aves-do-paraíso, um grupo amplamente estudado.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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