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Fazendas solares criam refúgios para aves em áreas rurais
Tecnologia para energia limpa começa a integrar a natureza ao seu redor
 

22/10/2025 – Pesquisas da RSPB e da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, revelaram que fazendas solares administradas com foco na natureza estão beneficiando aves, incluindo espécies ameaçadas como o tentilhão-de-milho, o tentilhão-verde, o tentilhão-amarelo e o pintarroxo. Essas descobertas fazem parte do Centro de Regeneração de Paisagens e mostram como a gestão de fazendas solares pode ajudar na conservação de pássaros nas paisagens aráveis do leste da Inglaterra.

O Reino Unido visa atingir o net zero até 2050, migrando para fontes de energia limpa como solar e eólica. Embora as fazendas solares estejam aumentando, elas são às vezes vistas como prejudiciais à natureza. No entanto, a Dra. Catherine Waite, da Universidade de Cambridge, destacou que, quando gerenciadas de maneira adequada, as fazendas solares não apenas fornecem energia limpa, mas também beneficiam a biodiversidade, conforme demonstrado pelo estudo.

A pesquisa publicada no periódico Bird Study revelou que as fazendas solares na East Anglia, dominada pela agricultura, abrigam mais espécies de aves e um número maior de indivíduos do que as terras aráveis ao redor. Isso indica que as fazendas solares podem beneficiar a biodiversidade em paisagens de uso misto. A diversidade de aves é ainda maior em áreas de fazendas solares com gestão focada na natureza, com até três vezes mais aves em comparação com as terras aráveis adjacentes.

Reprodução/Pixabay

 



O Dr. Joshua Copping, cientista conservacionista da RSPB e principal autor do estudo, destacou que, com as várias demandas sobre as terras no Reino Unido, é um desafio reverter o declínio de aves agrícolas. Espécies como o tentilhão-de-milho, o pintassilgo-verde, o pintarroxo e o pintassilgo-amarelo têm visto suas populações diminuir, e encontrar formas de ajudá-las é crucial para sua sobrevivência a longo prazo.

O estudo sugere que fazendas solares bem administradas para a natureza podem ajudar a aliviar os efeitos da intensificação agrícola sobre espécies ameaçadas e outros animais selvagens. Beccy Speight, presidente-executiva da RSPB, ressaltou que, para enfrentar as mudanças climáticas, garantir segurança alimentar e promover o desenvolvimento sustentável, é essencial equilibrar necessidades concorrentes, e essa pesquisa demonstra que isso é possível.

A pesquisa realizada em East Anglian Fens, na Inglaterra, comparou dois tipos de fazendas solares: uma com uma mistura de habitats e outra com um habitat mais simples, gerido intensivamente. As fazendas solares com habitat misto, que incluíam sebes e não tinham pastoreio de ovelhas, apresentaram maior diversidade de plantas e uma maior abundância de aves ameaçadas, como o tentilhão-de-milho e o pintarroxo, em comparação com as fazendas solares de habitat simples e as terras aráveis vizinhas.

O estudo revelou que o habitat solar misto teve a maior abundância total de aves, indicando que práticas de gestão favoráveis à natureza podem aumentar significativamente o valor ecológico das fazendas solares. No entanto, os novos parques solares não devem ser instalados em áreas ecológicas sensíveis ou locais de proteção natural, que são essenciais para a vida selvagem. Além disso, as fazendas solares não representam uma ameaça à segurança alimentar, especialmente quando construídas em terras agrícolas de baixa qualidade.

A pesquisa destacou que as políticas de planejamento no Reino Unido evitam a construção de fazendas solares em terras agrícolas de alta qualidade. Um estudo da RSPB mostrou que é possível restaurar a natureza enquanto se constrói a infraestrutura de energia renovável necessária para alcançar o net zero. No entanto, para atingir essas metas de forma eficaz, é necessário um planejamento estratégico que priorize a proteção ambiental, construindo parques solares em áreas de baixo risco para a natureza.

Saiba mais: Joshua P. Copping et al, O gerenciamento de fazendas solares influencia as respostas de aves reprodutoras em uma paisagem dominada por aráveis, Bird Study (2025). DOI: 10.1080/00063657.2025.2450392

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
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