Talha-mar (Rynchops niger)
 
 
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Modelagem estatística mostra dicas de acasalamento para aves das pradarias
As descobertas foram publicadas nos Anais da Royal Society B
 

06/11/2025 – Uma pesquisa da Universidade de Yale revelou que, para os machos de tetraz-das-pradarias, movimentos de dança suaves são mais eficazes do que comportamentos agressivos para atrair fêmeas. Durante a época de acasalamento, esses machos se reúnem em leks, onde realizam danças elaboradas e disputas. Embora se pensasse que a agressividade ajudasse na conquista, o estudo mostrou que a preferência das fêmeas por exibições elegantes tem mais peso na escolha dos parceiros.

Um novo estudo publicado nos Anais da Royal Society B revelou que as fêmeas do tetraz-das-pradarias preferem acasalar com machos que apresentam exibições de dança mais elaboradas, ignorando o resultado das lutas entre eles. Segundo o autor principal, Samuel S. Snow, as fêmeas evoluíram para valorizar a qualidade das apresentações, não a agressividade. A pesquisa foi conduzida em parceria entre Yale e a Universidade da Califórnia.

Pesquisadores analisaram 18 dias de gravações do comportamento de acasalamento do tetraz-grande-da-artemísia nas pastagens da Grande Bacia, em Wyoming. O estudo revelou que, embora as lutas entre machos ajudem a defender território, elas não aumentam suas chances de acasalamento. Pelo contrário, a agressividade pode ser prejudicial, pois as fêmeas não se impressionam com ela e os combates reduzem o tempo disponível para cortejo. Segundo o ornitólogo Richard Prum, a ideia de que mais agressão leva a mais sucesso reprodutivo não se aplica a essa espécie.

Reprodução/Pixabay

 



Ao aplicar o Modelo de Eventos Relacionais às observações de toda a temporada de acasalamento, os pesquisadores obtiveram uma compreensão mais precisa dos efeitos da agressão no sucesso reprodutivo. Eles testaram duas teorias: o "modelo de agressão", que sugere que lutas atraem fêmeas, e o "modelo de atratividade", que propõe que as exibições dos machos, e não a agressividade, são o principal fator de escolha. Os dados confirmaram o "modelo de atratividade", indicando que as fêmeas preferem machos com exibições mais atraentes, independentemente das lutas.

Com o modelo validado, os pesquisadores realizaram simulações computacionais para entender como diferentes dinâmicas sociais influenciam o comportamento no lek dos tetrazes. As simulações mostraram que lutas frequentes podem prejudicar o sucesso do acasalamento e até desestabilizar a estrutura social das aves. Embora ainda não se saiba exatamente quais aspectos das exibições mais atraem as fêmeas, ficou claro que elas têm preferências bem definidas. A principal lição para os machos, segundo o estudo: evitem brigas desnecessárias, especialmente na presença de fêmeas.

Saiba mais: Samuel S. Snow et al., Lutar não é sexy em lekking de tetraz-das-artemísias: uma abordagem de modelo de eventos relacionais para interações de acasalamento, Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences (2025). DOI: 10.1098/rspb.2024.2981

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

No estudo, os pesquisadores aplicaram pela primeira vez o Modelo de Eventos Relacionais (REM) à análise do comportamento de acasalamento animal. Esse método estatístico avançado considera não apenas a ocorrência de eventos, mas também sua ordem e tempo. Diferente de abordagens anteriores, que apenas contavam lutas e acasalamentos para buscar correlações, o REM ofereceu uma visão mais detalhada, permitindo entender o que acontece antes e depois de cada evento no processo de acasalamento.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
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